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Status de livre de aftosa sem vacinação ampliará investimentos no PR

O secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, voltou à Assembleia Legislativa, em Curitiba, nesta segunda-feira (1) para defender a opção do Estado em avançar para obter o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação. Nesta segunda audiência pública, Ortigara alertou que se o Estado recuar agora terá prejuízos irreversíveis à frente e novo processo de reconhecimento internacional só poderá ser iniciado a partir de 2020.

O secretário ressaltou os benefícios para o Estado, com a consolidação de vários investimentos da iniciativa privada. Na avaliação de Ortigara houve avanços importantes no entendimento das entidades que representam produtores e cooperativas, “chegando a quase um consenso”.

Há preocupação por parte de algumas sociedades rurais e de parte do Sindicato da Indústria de Carnes (Sindicarnes) em relação ao fechamento de fronteiras. “O problema se restringe a administrar as exceções que vão permitir o trânsito de cargas com animais e produtos”, disse o secretário.

O deputado Anibeli Neto, que presidiu a audiência, determinou a formação de uma comissão permanente para discussão do tema.

Só as cooperativas planejam desengavetar investimentos da ordem de R$ 1,35 bilhão, sendo R$ 700 milhões em frigoríficos de abate de suínos; R$ 500 milhões em frigoríficos de abate de aves e R$ 150 milhões na área de bovinos de corte e leite. No entanto, esses investimentos estariam atrelados ao novo status sanitário.

Um estudo de viabilidade econômica feito pela Universidade de Brasília, sobre a condução desse processo no Paraná, apresentado pelo acadêmico Jorge Madeira Nogueira, aponta que a taxa de retorno dos investimentos que forem feitos para execução desta estratégia será de, no mínimo, 10%. Em condições normais, Nogueira destacou que de cada R$ 100,00 investidos nessa estratégia haverá um retorno de R$ 150,00 para a economia do Estado com a geração de emprego e renda.

“Este processo tem que ser levado simultaneamente pelo setor público e privado”, ressaltou Ortigara.

Os representantes das sociedades rurais de Londrina, Maringá, Paranavaí e Umuarama, de associações de criadores e de parte do Sindicato da Indústria das Carnes (Sindicarnes) estão mais cautelosos e pedem que o Paraná siga em bloco com outros estados para formalizar esse processo junto à OIE. “Ocorre que outros Estados que fazem fronteira com o Paraná ,como São Paulo e Mato Grosso do Sul, ainda não manifestaram interesse em seguir com esse processo e o Paraná poderá perder muito na área de investimentos”, disse o secretário Ortigara.

Fonte: http://www.cma.com.br, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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