O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem em Curitiba que o colega Carlos Minc (Meio Ambiente) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinaram - sem ler - um decreto sobre penas a produtores rurais que desrespeitarem leis de proteção ambiental. Para Stephanes, o decreto "criminalizou os agricultores brasileiros".
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem em Curitiba que o colega Carlos Minc (Meio Ambiente) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinaram – sem ler – um decreto sobre penas a produtores rurais que desrespeitarem leis de proteção ambiental.
O decreto 6.514, publicado em julho, prevê penas como suspensão das atividades e embargos de propriedades e rebanhos, caso o produtor não conserve ou restaure áreas de reserva legal. Para Stephanes, o decreto “criminalizou os agricultores brasileiros”.
“O problema é que ninguém leu. Eu disse isso ao ministro Minc quando ele mandou o decreto ao presidente: “Você não leu o decreto, o presidente não leu o decreto. Ninguém leu o decreto´”, declarou Stephanes.
Ele deu a declaração ao criticar o decreto e o Código Florestal. “As multas são desproporcionais”, afirmou. “[Se] aplicar essa legislação da forma que foi colocada, eu posso garantir a vocês, áreas inteiras deixarão de produzir”, disse. Ele disse que é preciso “ter coragem para alterar o Código Florestal.”
Para Stephanes, o decreto impõe “medidas genéricas” a regiões diferentes, como encostas e topos de morros em Minas Gerais e no Sul. Caso houvesse leis que seguissem o perfil de cada região, o ministro disse que problemas como a derrubada da floresta amazônica poderiam acabar.
Ele defendeu ainda que ONGs não deveriam participar de discussões sobre proteção dos recursos naturais porque são, segundo ele, financiadas por poluidores – “inclusive pelos grandes poluidores do mundo, pelas grandes empresas petrolíferas”. Ele também criticou o Banco do Brasil ao pedir “mais velocidade” na liberação de recursos para a safra 2008/ 2009 diante da crise financeira global.
A matéria é de Dimitri do Valle, publicada no jornal Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Palmas para o nosso ministro da Agricultura.
Leis e medidas são importantes para o desenvolvimento, por isso devem ser analizadas com critério por quem realmente entende do assunto e não simplesmente resolver de maneira urbanóide assuntos de produção e desenvolvimento agropecuário.
O produtor não é devastador da natureza, o problema é que todo mundo agora é “professor de meio ambiente”, e nunca assistiu uma aula de ecologia, não cuida do seu próprio ambiente com respeito as leis municipais emporcalhando a cidade que mora e se preocupa com o mico leão dourado sem saber a real importancia do bicho no ecossistema.
Produção primária é coisa para gente grande, o desenvolvimento sustentável é necessário, mas para isso é preciso envolver pessoas que não sejam radicais e sim preocupados com a realidade, todos precisam se alimentar e a comida não cai do céu se não plantar não dá.
A população mundo cresce em progreção geométrica inchando principalmente os grandes centros, este é um problema ambiental muito mais sério do que se pensa, pois ninguém abre mão do seu conforto e aquela cidade que só produz gente para comer e produzir poluição de todo o tipo “senta no rabo e fala do rabo dos outros”.
Grande, ministro Stephanes!
Finalmente ouço uma voz em defesa da classe produtora de alimentos nesta questão ambiental.
Quem é do campo sabe que, caso a lei seja seguida à risca, coloca todos os produtores permanentemente como “foras da lei”.
Concordo plenamente quanto a questão das ONGs, com seus financiamentos e interesses que na maioria das vezes não são transparentes.
Alguém tem que lembrar a estas pessoas que são duzentos milhões de brasileiros que todos os dias têm que tomar café da manhã, almoçar e jantar, sem falar na balança comercial que muitas vezes é sustentada pelo agronegócio.
Parabéns ministro!
Não acreditei quando li a reportagem do ministro Stephanes no qual critica seu colega Minc e o presidente Lula, de assinar decretos importantissimos sem ler, com coragem e uma visão clara do que está acontecendo, com o envolvimento de ONGs suspeitas e de setores obscuros do governo, que acabam incentivando um apagão no campo. Deixe a gente trabalhar. A maioria de nós respeita o meio ambiente e só não faz melhor porque as normas são pouco difundidas e consequentemente desconhecidas.
Seria bom que orgãos do governo, tipo Incra, Ibama, Fema etc., nos oriente melhor porque muitas vezes erramos sem querer, embora existam colegas que erram conhecendo. Esses orgãos aparecem de repente, multando, prendendo, etc. Para que esse terrorismo contra nós produtores. Existem muitos produtores bons, honestos e muito patriotas.
Até quando, um assunto tão sério, que envolve uma fatia tão importante do PIB nacional (o agronegócio) vai ser decido por Ongs e por pessoas que não tem conhecimento de causa. e, pelo visto não querem ter tal conhecimento, pois assinam documentos sem ler. É um absurdo.
Gostaria de ter uma bola de cristal para conseguir ver o que realmente tem por traz disso tudo. (Tem tudo, menos a defesa do meio ambiente).
Temos que tomar cuidado com o “discurso” do Ministro da Agricultura, pois ele quer adotar critérios diferenciados para cada região do hemisfério sul e norte, ou seja, o norte não pode desmatar e tem que recuperar a área já suprimidas (80%), enquanto o sul não teria obrigação de reflorestar (20%) e poderia até adquirir área de reserva legal em outro Estado para compensar. Desta forma estaria garantida a produção nos Estados do sul, sem maiores prejuízos aos proprietários de terras.
Pois, bem!
A preservação ambiental é responsabilidade de cada um e não apenas de alguns.
O tratamento diferenciado que estão pretendendo dar, punindo os proprietários da região norte e premiando os da região sul, certamente vai dividir o País, e o conflito interno se estabelecerá.
Outra questão que se levanta é acerca da internacionalização da Amazônia, que para alguns servidores da área do poder judiciário já é fato e que tudo não passa de questão de tempo. Seria então por isso esse tratamento diferenciado?
Também concordo que cabem aos órgãos oficiais (SEDAM, FEMA, IBAMA, etc) o trabalho de orientação e conscientização, pois, o que nota na zona rural são as diferentes formas de assimilar os conceitos quanto ao meio ambiente. Enquanto para o trabalhador do campo a mata em regeneração nada mais é do que capoeira; para os órgãos ambientas trata-se de floresta permanente secundária. Logo, a pratica de desmatar (ou destocar) para aqueles não é crime, é um direito adquirido.
Concordo com o amigo Marcos, finalmente alguem que se importa com o produtor, é uma vergonha mesmo um decreto passar na mão de tanta gente e ninguem parar para ler.
Piada do ano. Ninguém leu, inclusive o ministro e os três seguem brincando com o agronegocio.
Quero parabenizar o ministro Reinold Stephanes pelo enfrentamento ao colega Minc e ao presidente Lula, e gostaria que em sua eventual conversa com os dois perguntasse se eles fazem ideia de onde vem o arroz, o feijão, a carne, enfim os alimentos que eles consomen, o Minc não sei, pois não conheço sua historia, de onde veio e o que já fez na vida, mais o Lula certamente todos os brasileiros sabem, e que ele nunca plantou sequer um pé de alface para se alimentar e alimentar seus filhos, então não entende nada de agropecuária, e que debaixo de arvores não produz grãos nem capim, faça um desafio para ele Sr ministro, se ele vir para a amazonia pegar um lote de terras do INCRA e da maneira tradicinal conseguir sobreviver da terra conforme determina o decreto 6.514 dai então daremos razões a eles.
Mas eu só quero saber se faria alguma diferença o Lula ter lido ou não o decreto. Quanto ao Minc, esse é um naturalista de carteirinha, nem sabe o que fala. Infelizmente é isso que temos.
Se nosso ministro sherife das florestas realmente tivesse disposto a “moralizar” nosso meio ambiente, começaria pela própria casa: os assentamentos do INCRA. Como diria Bóris Casoy: é uma vergonha!
Mais uma vez repito e a revista Veja edição 2084 de 29-10-2008 confirma ninguem leu, na pagina65 local panorama, as palavras do ministro Reinhold Stephanes; o problema e que ninguem leu o decreto. Eu disse ao ministro Minc quando ele mandou o decreto ao presidente; voce não leu o decreto, o presidente não leu o decreto. Somos governados pelos tres patetas.
Só mesmo rindo, para não chorar. Um Ministro critica seu colega e o Presidente da República de assinarem um documento tão importante (ou tão catastrófico para o país), sem ao menos lerem o que está escrito.
Este País não pode mesmo ser considerado sério. Pelo menos o ministro Stephanes teve a ousadia e a coragem de por o dedo na ferida. Espero que o Presidente assine e publique logo as alterações já acordadas e assinadas por quatro ministérios (está na mesa dele desde o dia 09/10).
Faço coro à proposta do Sr. José Cláudio Gomes (Alta Floresta d´Oeste) de entregarmos um lote de terra, eles podem escolher o local que quiserem, para que nos provem que é possível sobreviver.
Veja só que absurdo; O ministro da agricultura critica com afirmação que nem o ministro Minc e nem o presidente, o que não faz diferença, leram o decreto 6514. No que eu acredito, pois jamais um colega de ministerio teria coragem de criticar outro sem conhecimento de causa, o que é surpreendentemente lamentável, pois trata-se de uma causa muito séria como esta de desmatamentos etc.
Acontece que todos nós cometemos erros, e de determinada época para cá j á temos bastante conhecimento sobre a nescessidade da conservação de nossas florestas, o que quase não tinham nossos antepassados, os quais por ignorancia ou pouco conhecimento das consequencias que poderiam ocorrer com desmatamentos desenfreados como os que aconteceram no sul do país.
Agora temos que agir com a cabeça fria, mas com muito rigor para que não aconteça com o norte e centro -oeste o mesmo que aconteceu lá.
Abraços