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Stephanes levanta suposta cartelização da Abiec

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ontem, em reunião na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que foi informado sobre uma suposta cartelização no setor de carnes. Segundo o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) há dificuldades de exportar carne para a Europa sem passar pela Abiec.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ontem, em reunião na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que foi informado sobre uma suposta cartelização no setor de carnes.

Segundo o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) há dificuldades de exportar carne para a Europa sem passar pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).

E o ministro confirmou que “embora a Abiec não precise ser consultada para o credenciamento de exportações ao mercado europeu, a gente sabe que, na prática, ela mantém o cartel, mantém o monopólio, mantém o domínio disso. Essa é a informação que eu já tinha”, disse Stephanes. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

O BeefPoint procurou a assessoria de imprensa da Abiec, que preferiu não se pronunciar nesse momento.

0 Comments

  1. Nathaniel Cintra disse:

    Parabéns Caiado,

    E isto mesmo que acontece a muito tempo, tenho notícias de grupos de pecuaristas que desistiram de entrar no ramo de exportação de carne pela dificuldade em ter o aval da Abiec.

    Tenho ouvido de fontes seguras que para exportar para União Européia você precisa primeiro ter uma história como exportador mas para exportar você precisa de ter a certificação da planta, que sem a história de exportador você não consegue.

    Como fazer uma história como exportador se você não tem certificação e para ter a certificação você necessita estar na Abiec, e para estar na Abiec você precisa ser exportador. E como que isso fica?

    Nem mesmo eu entendo tal exigência, é como correr atrás da cauda, ou quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha. Estão dizendo que esta é a verdade.

    Fornecedor, hoje recebi uma carta de um frigorifico me tratando como fornecedor.

    Eu como pecuarista nao me considero fornecedor de boi gordo nas condicoes atuais, eu entrego a eles meus bois e espero pela decisao de quanto vai sobrar de meus bois e quanto vao me pagar.

    A 20 anos meus bois ja rendiam 54 a 55% hoje bem apartado, produzindo um animal superior os mesmos nao rendem mais que 51 no maximo 52,5%. Sera que estamos errados na selecao (genetica), esta equivocados ou estamos sendo lesados?

    Minha maior surpresa e a ausencia das entidades de classe para nos defender junto aos frigorificos. Os presidentes das entidades representativas precisam assistirem a matanca de seus bois. Eu nao tenho visto fazendeiros, nem pessoas ligadas as entidades nas salas de matanca que frequento. A limpeza da carcaca que hoje os frigorificos estao fazendo precisa ser contida. Nosso prejuizo nao esta no preco, esta na matanca tambem. O que tiram na limpeza e vendida como carne industrial, a custo zero. Eles nao pagam por esta carne. Temos que fazer alguma coisa. E bom negocio para eles apertarem na limpeza.

    natanael cintra

  2. Claudio Alberto Zenha Carvalho disse:

    Será que o Sr.Ministro tomará alguma atitude concreta e resolutiva? Sejamos otimistas.

  3. José Leonardo Montes disse:

    Parabéns deputado. Porque não agimos assim também no cartel dos frigoríficos, de tamanha importância também é o jeito que esta sendo colocado a rastreabilidade para o produtor, pois não se sabe ainda como fica mesmo na IN 17 que foi totalmente reformulada mais porém ficou mais difícil para o produtor agilizar a rastreabilidade. Olha deputado se não fizermos o máximo para facilitar para o pecuarista a migração para a cana de açúcar será fatal, pois ninguém da conta de suportar essas dificuldades no setor. Assim vai a vaca o boi tudo pro brejo.

  4. Jucelino dos Reis disse:

    Até as crianças de rua sabem, que quem está no âmbito da Abiec não sai, e quem não está, não deixam entrar.

    Os frigoríficos cartelizados, colocam de joelhos pecuaristas e importadores. Porém, não há mal que sempre dure.

  5. Jose Lacerda disse:

    O setor produtivo com o câmbio desfavorável, cartel, monopólio, etc, vem sofrendo a anos. Somente o governo não vê isto. Não temos a quem recorrer, e nem sabemos para onde correr.

    Parabéns deputado, mas faça com que os meios de comunicação não só a internet, televisão rádio, etc, fiquem sabendo da miséria que o setor está. O campo toda vida foi responsável pela soma positiva da balança comercial. Quem paga dívida de governo é produção. O atual governante nunca plantou um pé de alface. Quem alimenta a humanidade é o campo não a política.

    Saia de Brasília e plante uma roça.

    É mais prático ser político do que trabalhar no agronegócio este tem risco, pelo que o” Brasil” sabe política não tem sol nem chuva rende o ano inteiro.