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Stephanes: Minc não aceita mudar o Código Florestal

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou na tarde desta terça-feira, 08, em Brasília, que o Brasil está "praticamente desaparecendo em meio a reservas ambientais e indígenas, áreas de preservação e áreas consideradas prioritárias". Segundo ele, 70% do território brasileiro não pode ser utilizado para qualquer tipo de produção e ainda há quem queira ampliar esse percentual para 80%.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou na tarde desta terça-feira, 08, em Brasília, que o Brasil está “praticamente desaparecendo em meio a reservas ambientais e indígenas, áreas de preservação e áreas consideradas prioritárias”. Segundo ele, 70% do território brasileiro não pode ser utilizado para qualquer tipo de produção e ainda há quem queira ampliar esse percentual para 80%.

“Já somos de longe o país mais ambientalista do mundo. O Brasil ainda detém 31% das florestas nativas no mundo, enquanto que a Europa, que financia as organizações não governamentais que atuam na área ambiental no país, tem menos de 2% de sua área preservada”, criticou o ministro durante seminário sobre o Código Ambiental Brasileiro na Câmara.

“O que buscamos não é uma relativização ou flexibilização da lei, mas sim a correção de alguns erros e excessos ocorridos na legislação ambiental nos últimos anos”, defendeu o ministro Stephanes. Ele acrescentou também que é preciso esclarecer o que alguns conceitos significam. “Por exemplo, sustentabilidade: é a realidade que temos hoje ou é buscar a realidade que tínhamos em 1500? O que os ambientalistas querem, afinal?”

Durante o encontro, o ministro propôs seis alterações no Código Florestal atual: a exclusão do item que proíbe o plantio de áreas já consolidadas em morros, topos e encostas; a soma das reservas legais (RL) com APPs (Áreas de Preservação Permanente) para efeito de contabilização do percentual de áreas a serem preservadas (no sudeste, 20%); liberação da Reserva Legal em propriedades de até 150 hectares; a compensação de RL em outras áreas; obediência à legislação da época e, por fim, que penalizações aplicadas hoje contra irregularidades do passado devam ser automaticamente eliminadas.

Na avaliação do ministro, 70% do território nacional é caracterizado como reserva de alguma espécie. “Devemos atingir 80% em breve e esse território está todo congelado para qualquer atividade econômica.” Falando diretamente contra o Ministério do meio Ambiente a uma plateia formada basicamente por agricultores, Stephanes afirmou que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, não aceita mudar nenhum ponto da atual legislação. “Pelo ministério do Meio Ambiente não se muda nada e precisamos da alterações desses seis pontos no curto prazo ou teremos sérios problemas pela frente.

Com informações de Célia Froufe, da Agência Estado, e da Agência Câmara, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Iria Maria Davanse Pieroni disse:

    Que tal a sugestão da FAMATO – MT

    1. o tratamento igualitário para todas as regiões do país com relação a reserva legal, independente do tamanho da propriedade;
    2. a consolidação permanente das áreas de produção;
    3. o cômputo das Áreas de Preservação Permanente (APPs) na área de reserva legal;
    4. a definição das responsabilidades dos entes públicos e privados quanto à área de reserva legal;
    5. a remuneração dos proprietários rurais pela manutenção de áreas com cobertura vegetal e, ainda,
    6. o “desmatamento zero ilegal”, mantendo a possibilidade e o direito de expansão da agropecuária no futuro, com base nas indicações e diretrizes do Zoneamento Sócio Econômico Ecológico (ZSEE).

  2. Leonardo Siqueira Hudson disse:

    Gostaria de parabenizar o nosso ministro Reinhold Stephanes pelas atitudes em defesa do futuro da produção no Brasil.
    Quero tambem reinterar apoio às sugestões da Famato-MT descritas pela Sra. Iria Maria Davanse Pieroni.

  3. Higino Penasso disse:

    Não podemos aceitar de forma alguma a intervenção de Ongs financiadas por países que não executam em seu território o que pregam em nosso território, assim fica a política do “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”;
    É de amargar!!!!

  4. Silvanei Aparecido Mendes disse:

    Gostaria de parabenizar a Famato MT pelas propostas lançadas, com certeza se o ministro do meio ambiente tivesse bom senso com certeza essas proposta poderia solucionar essa divergências.
    Muito bem colocado pela Dr.Iria Maria Pieroni.
    Temos muitas esperanças nessas mudanças importantissimas para a agropecuária brasileira.

  5. jose carlos targa disse:

    Os ambientalistas falam demais e fazem pouco para que realmente o mundo melhore.
    Vejam: Eles moram em mansões, tem vários carros na familia, comem carne principalmente “picanha”, e sabem que tudo que é consumido pelo homem é produto de desmatamento. Ainda não desenvolveram alimentos no meio da mata.
    Preservar é preciso, concordo plenamente, mas temos que ser racional.
    Por que os ambientalistas eles não interditam as grandes industrias que despejam dejetos no Rio tiete e no rio pinheiros em são paulo. è brincadeira. Onde está a APP destes rios. Acorda ruralistas, senão vamos virar nativos, e novamente ser colonizados pelos Europeus, que já estão mandando lixo para nós. É eles acham que nós somos lixos.
    Temos que unir, senão os Europeus vão fazer daqui alguns anos, a partilha do Brasil, igual fizeram na Africa.

  6. Ulisses Lucas Camargo disse:

    Parabens Senhor Ministro, continue dando um pouco de lucidez a essa insanidade toda.

  7. thiago thompson camargo disse:

    o ministro minc mostra mais uma vez o seu despreparo em relação ao agronegócio brasileiro, basta lembrar do caso do (boi pirata) que inclusive ele proprio inventou o termo,e agora no caso do zoneamento florestal que se não for fexibilizado e adequado a realidade de cada região vai fazer nosso país cair em um imenso retrocesso,devemos dizer que meia dúzia de besteira que o ministro diz devido a sua falta de conhecimento pode prejudicar décadas de trabalho árduo que o setor do agronegócio levou a alcançar.