A Superintendência do Ministério do Trabalho em Goiás (STRE-GO) interditou, nesta quinta-feira (22), o sistema de tubulação que operam gases tóxicos do frigorífico de JBS, em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia. Diante disso, todo o setor de produção de carne também está inoperante. A medida foi tomada dois dias após um vazamento de amônia no local intoxicar mais de 70 pessoas.
Em nota, a assessoria de imprensa do órgão informou que o setor administrativo da empresa, no entanto, segue funcionando e não foi afetado pela decisão.
A assessoria de imprensa da JBS confirmou a interdição e disse “que atenderá a todas as determinações dentro dos prazos determinados”.
O vazamento aconteceu na manhã da terça-feira (20). O problema ocorreu em uma tubulação de amônia que faz a refrigeração das câmaras frias do frigorífico. Segundo o Corpo de Bombeiros, a ala mais afetada da empresa foi uma sala onde a carne é desossada. Todo o prédio foi evacuado e os funcionários intoxicados foram encaminhados para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Canedo e para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
O major Fernando Caramaschi do Corpo de Bombeiros explicou que o acidente aconteceu em um cano externo do frigorífico da JBS, mas o ar contaminado entrou pelas janelas e afetou os trabalhadores. Ele afirma que, após a evacuação do prédio, o vento levou amônia para o local aonde os funcionários eram levados.
O vazamento aconteceu por volta das 10h desta terça-feira.
[ATUALIZAÇÃO]
Nota da JBS
Na sexta-feira (23), a JBS emitiu à imprensa essa nota:
“As atividades na unidade da JBS de Senador Canedo (GO) foram restabelecidas hoje (23) e a fábrica opera normalmente. A empresa informa que as atividades da unidade foram suspensas ontem (22) após a inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Hoje, a companhia entregou os documentos solicitados pelo órgão e a planta foi liberada”.
Fonte: G1, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.