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Subsídio agrícola é pauta de reuniões em Paris

As negociações para a liberalização comercial no mundo e a solução dos entraves recomeçaram ontem na capital francesa. Hoje, ministros de mais 30 países debaterão o tema. Em jogo, está a abertura do comércio, que poderá crescer em US$ 800 bilhões ao ano, segundo uma estimativa do Banco Mundial. Ontem, ocorreram as primeiras conversas entre europeus, brasileiros e norte-americanos para a redução de tarifas de importação em produtos agrícolas, como o tabaco, a carne e os cereais. As reuniões mais importantes do encontro acontecerão hoje e amanhã, incluindo Índia, China e Austrália. O nó da questão é padronizar as tarifas agrícolas.

Segundo o chanceler brasileiro, Celso Amorim, os países mais ricos tentam usar a padronização como moeda de troca. “Se o obstáculo agrícola não for superado, será muito difícil fazer progressos em outras áreas”, disse.

No momento, a discordância é sobre o cálculo da conversão de tarifas (feito em dólares por tonelada) para outras tarifas, tomando como base uma porcentagem do valor do produto. Outro entrave é representado pelos subsídios agrícolas dos governos dos países mais ricos aos agricultores, como ocorre nos EUA, Japão e Europa.

“As negociações de Doha estão chegando a uma fase crítica e estão atrasadas. Em especial, no importante acesso aos mercados agrícolas, de bens manufaturados e nos serviços”, disse o novo representante comercial dos Estados Unidos, Robert Portman. Ele afirmou que está preocupado com a demora em se chegar a um acordo sobre as tarifas de importação agrícola no âmbito da OMC.

A negociação das tarifas precede o início da sua eliminação, etapa que deverá ser pelo menos acertada em dezembro, em outra reunião em Hong Kong.

Fonte: DCI, adaptado por Equipe BeefPoint

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