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Subsídios da UE não devem acabar

A possibilidade de eliminação total dos subsídios concedidos a agricultores da União Européia foi descartada pelo comissário de Comércio da UE, o francês Pascal Lamy.

Durante o debate “O Papel da Sociedade Civil nas Relações Multilaterais”, em São Paulo, o comissário argumentou que, sem subsídios e submetidos às regras normais de mercado, os produtores rurais europeus desapareceriam. “Sabemos que esse sistema causa problemas para os países em desenvolvimento, por isso, desde a década passada, temos procurado tornar esse sistema mais justo para todos”, disse.

Um dos debatedores, o consultor de comércio exterior do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Marcos Jank, questionou o comissário a respeito da classificação dos países emergentes em duas categorias: os LDCs (sigla em inglês para os 50 países mais pobres) e os países em desenvolvimento mais avançados, como Brasil e Argentina, por exemplo. A primeira com acesso livre ao mercado europeu em determinados produtos e a segunda com barreiras tarifárias e não-tarifárias.

Na avaliação de Lamy, há, de fato, uma decisão unilateral da UE de fazer distinção entre esses dois grupos de países. “A divisão entre países desenvolvidos e em desenvolvimento não é suficiente para abranger a diversidade da economia mundial”, disse.

Ainda sobre a mesma questão, o comissário criticou a entrada do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a UE. O processo movido pelo Brasil condena a preferência concedida pela UE a produtores de açúcar dos LDCs. “Acho que o Brasil não vai ganhar esse processo mas, se ganhar, vai prejudicar os países mais pobres”, disse.

Fonte: Folha de S.Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint

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