Relatório do Departamento de Agricultura americano, divulgado ontem, estima que a renda agrícola americana vai crescer quase 30% neste ano na comparação com 2006, pulando para o recorde de US$ 87 bilhões. O motivo seria o veloz crescimento da produção de etanol a partir do milho, que conta com subsídios.
Relatório do Departamento de Agricultura americano, divulgado ontem, estima que a renda agrícola americana vai crescer quase 30% neste ano na comparação com 2006, pulando para o recorde de US$ 87 bilhões. O motivo seria o veloz crescimento da produção de etanol a partir do milho, que conta com subsídios.
No Brasil, onde o subsídio é zero, a renda bruta também cresce, mas a estimativa é de apenas 10% na comparação com o ano passado. Entretanto, segundo o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio, sem perspectiva de lucro. “No estado, a renda bruta deve ser de R$ 33 bilhões e a renda líquida quase negativa”, observou.
Não é para menos que no fim de agosto, o Itamaraty deu a partida, em Genebra, ao maior questionamento já realizado contra os subsídios americanos: nada menos que 75 programas de apoio aos agricultores foram atacados. “Ganhamos a guerra do algodão, obtivemos o direito de retaliar contra os EUA, que não cumpriram a sentença, mas não o fizemos. De que adianta ganhar outros processos?”, questionou Sampaio.
Na União Européia os subsídios também garantem a renda dos agricultores. Dados de dezembro de 2006 mostravam que os produtores rurais holandeses tiveram um aumento de renda de 17,6%, seguidos dos franceses, os mais beneficiados pelos subsídios, que viram sua renda aumentar 8,6%. As informações são de Sônia Racy, do jornal O Estado de S.Paulo.