Técnicos dos três estados do Sul, mais São Paulo e Mato Grosso do Sul (MS), estarão reunidos hoje no Mapa, em Brasília, discutindo o trânsito de animais, produtos e subprodutos em função dos focos de aftosa do MS. Desde segunda-feira, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina decidiram barrar carne desossada e maturada de todo MS. O bloco está fechado também para São Paulo, Tocantins, Goiás e Mato Grosso.
A polêmica ganhou força após o anúncio de que São Paulo e Minas Gerais retomaram as compras para carne maturada sul-matogrossense.
A intenção da região Sul é manter a barreira, adiantou o diretor do Departamento de Produção Animal da SAA, Antônio Ferreira Neto.
Ontem, pecuaristas cobraram, em Porto Alegre, a manutenção da proibição do ingresso no estado de carne desossada e maturada de fora da região Sul. A principal preocupação é com São Paulo, que poderia ser utilizado para triangulação. “O que se pediu é que mantenha a rigidez adotada até aqui”, enfatizou o coordenador da FrenteAgro, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). O diretor técnico da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no RS, José Severo, disse que o Mapa estará preparado para o controle.
O secretário da Agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, garante que qualquer mudança será tomada em conjunto pelo circuito. Hoje, o governador de MS, Zeca do PT, reúne-se com o presidente Lula. Ele pedirá a punição aos pecuaristas que não vacinarem o gado e a criação de um fundo emergencial.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint
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Os eventos envolvendo Aftosa influenciam diretamente os fluxos de comercialização interna e externa de carne bovina, bem como geram grande preocupação nos mercados compradores, principalmente os países importadores com normas rígidas de controle sanitário de produtos de origem animal.
Na realidade, sabemos que a produção agropecuária brasileira conseguiu avanços importantes em volume, qualidade dos produtos e conquista de novos mercados, apesar do descaso dos últimos governos, que não desenvolvem políticas consistentes de apoio à quem efetivamente produz.
Particularmente, acho um absurdo, que o Ministério do Desenvolvimento Agrário tenha um orçamento muito maior que o da Agricultura, o que demonstra qual o real interesse deste governo que está aí.
Este mesmo governo, que está sucateando em todos os estados da federação, os serviços de controle de enfermidades como a Aftosa, fazendo com que toda a cadeia produtiva da carne sofra prejuízos imensos, e a própria imagem do Brasil seja comprometida perante os países mais sérios do planeta.
Lamentável tudo isso!