As churrascarias brasileiras estão incomodadas com a suspensão das exportações argentinas de carne bovina, devido principalmente à forte demanda que existe, entre outros cortes, pela picanha proveniente daquele país. Só no ano passado o Brasil importou 30,7 mil toneladas do corte, ou US$ 75,5 milhões. Cerca de 40% disso veio da Argentina, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
“A picanha nacional é, de modo geral, mais dura, porque vem de gado zebuíno. Além disso, o rebanho aqui caminha mais que na Argentina, criando musculatura e reduzindo a capa de gordura”, disse Cleusa Martins, responsável pelo departamento de importações da Maxi Meat.
“Nosso abastecimento está garantido até abril, mas espero que o embargo argentino caia antes disso”, disse Ademir Perin, da churrascaria Jardineira Grill, em. Para garantir a oferta, Perin está selecionando fornecedores de picanha nacional.
Na churrascaria Vento Aragano, também em São Paulo, a situação não é diferente. “Estamos preocupados porque nossos estoques são para dois meses. E a picanha argentina é o carro-chefe de qualquer churrascaria. Dos 35 tipos de cortes e carnes que servimos aqui, a picanha é de longe a mais pedida”, afirmou o gerente comercial da churrascaria, Giovani Laste. Por mês, a Vento Aragano serve entre 2,4 e 2,8 toneladas da picanha argentina. As informações são de Lúcia Kassai para a Gazeta Mercantil.
0 Comments
Insegurança de quem busca um produto diferenciado. Este fato reforça mais uma vez a tese de como somos mau organizados em nosso país e das infinitas possibilidades de agregação de nossa pecuária.
Rafael Soria
Médico Veterinário MSc
Caros Companheiros.
Infelizmente pela “desgraça” de uns, surgem oportunidades a “outros”.
Tomara que tenhamos, e acredito que sim, fornecedores que atendam esta demanda, e que tal “desgraça” levante a “Lebre das Oportunidades” em nossa cadeia.
Gostaria de deixar meus sinceros cumprimentos à Rafael Soria, empenhado profissional.
Josmar Almeida Junior
Zootecnista MSc.