Análise semanal – 08/02/2006
8 de fevereiro de 2006
Brasil amplia veto à carne Argentina
10 de fevereiro de 2006

Suspensão de embargos ao Brasil pode ser acelerada

Analistas do setor acreditam que o foco de aftosa na Argentina pode agilizar a suspensão do embargo à carne brasileira, assim como a Argentina ganhou mercados em 2005, após o surgimento da doença no MS.

A expectativa é que importadores suspendam as compras do país. Isso significa menor oferta de carne no mercado internacional e, portanto, maior necessidade da carne brasileira.

O diretor da unidade de carnes da Coimex, Jerry O’Callaghan, acredita que a Rússia também deverá rever sua posição sobre o embargo. “Cerca de 70% do que a Rússia importa em carne é proveniente do Brasil e da Argentina”, afirmou, destacando a forte dependência dos russos dos dois mercados.

Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria, ponderou que tudo vai depender de como os países importadores vão reagir à notícia de foco na Argentina e com que rapidez o país responderá ao problema.

Segundo José Vicente Ferraz, do Instituto FNP, pode haver pressão de alta no preço do boi, pois os pecuaristas tendem a segurar a produção à espera dos desdobramentos. As informações são de Alda do Amaral Rocha e Mauro Zanatta para o Valor.

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  1. Leocádio Cezar Ribeiro Cunha disse:

    É lamentável essa situação no Paraná. Acredito que o Sr. Carioba tem suas razões, que o Governo Federal pecou por falta de maior rigor nos controles sanitários e que o Governo do Paraná tem também suas razões para discordar do Ministério da Agricultura, porém vamos ao que interessa:

    O Paraná deixou de exportar alguns milhões de dólares nestes três últimos meses por conta do embargo mundial (mais de 51 países deixaram de comprar carne do Brasil), abatedouros fecharam as portas, demissões em massa nas indústrias de carnes e laticínios, redução nas jornadas de trabalho, pecuaristas e pequenos produtores rurais sem ter como sustentar os rebanhos “represados” nas fazendas.

    Senhores, isto não tem preço. Acabem de uma vez com esta pendenga para voltarmos a produzir e gerar divisas para o Paraná e para o Brasil. A nossa credibilidade junto ao comércio internacional foi prás cucuias! Será preciso mais do que seis ou doze meses para termos credibilidade e mostrarmos que podemos ser um país sério!

    Lembrem-se senhores: somente após o abate dos animais que estão com “suspeita” de aftosa, é que teremos o início da quarentena. Portanto, é imperioso que esta questão seja resolvida imediatamente ou teremos com certeza, um ano de vacas magras para a nossa economia.