O grupo de trabalho criado para discutir a classificação de carcaças bovinas apresentará a tabela de remuneração extra por carne de qualidade na próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, programada para 10 de setembro (hoje), em Brasília. Segundo Luiz Eduardo Batalha, coordenador do grupo, as características indicativas de qualidade da carcaça bovina são sexo, maturidade, peso e acabamento. Com base nesses quatro itens, mais qualidade de couro e rastreabilidade, os frigoríficos pagarão ou descontarão um percentual do produtor conforme a classificação da carcaça na tabela proposta.
A definição dos padrões e as considerações finais da tabela de classificação foram discutidas em 19 de agosto, durante reunião promovida pela Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP), entidade que representa as raças de origem européia na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, em São Paulo, com os dirigentes de associações nacionais de raças bovinas de origem européia, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), pecuaristas e a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil.
Constantino Ajimasto Jr, presidente da ABNP, Luiz Eduardo Batalha, coordenador do grupo de trabalho, e as entidades de classe presentes à reunião em São Paulo confiam na simplicidade da tabela de classificação de carcaças bovinas para o sucesso da iniciativa, que mudará a relação frigoríficos/pecuaristas.
“Atualmente, os pecuaristas não se sentem motivados a investir em qualidade porque não são remunerados por isso. De outro lado, os frigoríficos não pagam mais porque, salvo exceções, recebem bois sem nenhuma padronização”, ressalta Luiz Eduardo Batalha.
Constantino Ajimasto Jr. entende que a classificação de carcaças é fundamental para a pecuária e faz parte das necessárias inovações nas relações dos produtores com os frigoríficos. “A tabela é o primeiro passo para conseguirmos atingir volume de carne com qualidade. Ela será um norteador dos investimentos dos pequenos, médios e grandes produtores”, ressalta o presidente da Associação Brasileira do Novilho Precoce.
Fonte: Assessoria de imprensa da ABNP, adaptado por Equipe BeefPoint