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Taeq: Pão de Açúcar irá disponibilizar dados de rastreabilidade aos consumidores

Os primeiros lotes de carne bovina rastreada chegam hoje às prateleiras de alguns supermercados do país. O produto, lançado pelo Grupo Pão de Açúcar, contará com um selo, pelo qual o consumidor poderá acompanhar o processo da cadeia produtiva da carne - do nascimento e engorda até o abate e a desossa dos animais.

Os primeiros lotes de carne bovina rastreada chegam hoje às prateleiras de alguns supermercados do país. O produto, lançado pelo Grupo Pão de Açúcar, contará com um selo, pelo qual o consumidor poderá acompanhar o processo da cadeia produtiva da carne – do nascimento e engorda até o abate e a desossa dos animais.

Com investimentos de R$ 500 mil, o projeto teve início há três anos e abrange atualmente 40 fazendas. A carne rastreada é exclusiva para a linha Taeq, a marca própria do grupo.

Vagner Giomo, gerente de carnes do Pão de Açúcar, disse que o programa é bom para as três partes envolvidas – o produtor, o consumidor e a rede varejista. “O produtor tem garantia de compra, o varejista garantia de entrega e o consumidor ganha com a transparência”, afirmou o executivo.

A etiqueta com código alfanumérico estará nas embalagens e as informações funcionam a partir de um aplicativo para smartphones com leitor 2D ou pela internet, com a inserção do código do produto.

Neste primeiro momento, disse Giomo, o consumidor poderá acessar as informações básicas de procedência da carne – é possível visualizar até a propriedade rural de onde o animal saiu. Mas a ideia é avançar com as informações, incluindo dados como Reserva Legal da fazenda e outras.

Segundo o executivo, a iniciativa é parte da política de sustentabilidade do grupo. Ele acrescentou, porém, que a pressão do mercado influenciou. “O consumidor vai saber de onde vem a carne que ele está comendo”.

Para o produtor Marcelo Pimenta, proprietário da Fazenda Santa Vitória, localizada em Bela Vista de Goiás, a experiência é boa para o ambiente e para o seu bolso. Ele tem 750 vacas inseminadas, cujos produtos serão fornecidos com exclusividade ao grupo. “A garantia de venda e o preço adicional fez o negócio crescer. Comecei entregando 100 cabeças ao Pão de Açúcar em 2006, e terei 900 na próxima estação”.

Ao todo, o programa tem 40 mil vacas inseminadas para produção. A carne Taeq tem toda cadeia produtiva controlada – do processo de seleção genética, alimentação, vacinação até o abate.

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adapadaspela Equipe BeefPoint.

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0 Comments

  1. Geórgio Freesz Valadares disse:

    Essa é uma tendência mundial: o consumidor buscar cada vez mais “alimentos éticos”, para muitos desses consumidores (os brasileiros inclusive) o fator preço não é o mais impactante, e sim escolher alimentos sadios e produzidos seguindo boas práticas de manejo e bem estar animal.

    Os diferentes sistemas de rastreabilidade estão em contínuo aperfeiçoamento, mas só poderemos ter rastreabilidade TOTAL na cadeia da carne quando pudermos inequivocamente relacionar um corte de carne ao animal abatido e isso só é possível com a rapidez que se exige para alta produção quando utilizadas informações genéticas de cada animal. Essa é ainda a forma ideal para se auditar caso seja necessário checar o sistema de rastreabilidade: saber se o DNA do corte de carne disponível para o consumidor é realmente aquele que o varejista diz ser e é após o abate onde a rastreabilidade convencional se perde.

    A Biomicrogen vem trabalhando nisso: aliar ao sistema de rastreabilidade convencional a identidade genética de cada animal, permitindo rastreabilidade TOTAL.

  2. Geórgio Freesz Valadares disse:

    foi exibida uma reportagem no dia 23/06/10 pelo programa “Cidades e Soluções” da Globonews:

    http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1601862-17665-304,00.html

    O que me parece estar faltando nesse sistema é a identificação individual de cada animal, pelo que foi mostrado o “caminho” do animal mostrado na reportagem ainda se refere à identificação por lote e não individual.

  3. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Parabéns ao Pão de Açucar pela iniciativa. Certamente atender nichos de mercado é uma tendência do varejo para melhorar suas margens.

    E certamente a incorporação de informações de rastreabilidade do produto vem de encontro a glamores de parte da sociedade e consistiu um avanço.

    Mas na pecuária não basta apenas informar a última propriedade de localização do animal se queremos ser verdadeiramente transparentes. Um nome e localização apenas não informam muita coisa ao consumidor a menos que ele já conheça a propriedade rural em questão, hipótese remotíssima.

    E muitas vezes o animal vendido pelo pecuarista ao frigorífico foi adquirido de outro pecuarista e originário de outra propriedade. Na pecuária bovina é comum um animal passar por inumeras propriedades especializadas (cria, recria e engorda) durante sua vida.

    E, como afirma o Sr Geórgio Valadares, também senti falta de informações específicas sobre o animal do qual o corte é oriundo. Sem esta informação não sei as características do animal e muito menos sua origem no sentido pleno. Sei apenas a procedência (última propriedade).

    De toda forma a iniciativa do Pão de Açucar é um primeiro passo na direção certa.

  4. Geórgio Freesz Valadares disse:

    O grande mérito de tal programa é justamente aproximar o produtor, que teve que atender a uma série de exigências, do seu cliente, no caso a rede varejista, que percebe naqueles animais seu valor diferenciado.