A Tailândia reabriu suas fronteiras à carne bovina dos Estados Unidos depois que o governo norte-americano concordou em certificar que todo carregamento de carne era livre de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) – conhecida como doença da ‘vaca louca’ -, informou um oficial do governo dos EUA.
Apesar de os EUA nunca terem registrado nenhum caso de EEB, a Tailândia proibiu temporariamente as importações de carne bovina norte-americana logo após o caso registrado da doença no Canadá, em 20 de maio. As indústrias de carne bovina dos EUA e do Canadá estão estreitamente integradas.
O adido agrícola em Bangkok, Russ Nicely, disse que a Tailândia concordou em remover esta barreira. No entanto, o país requereu que todo carregamento de carne bovina dos EUA apresentasse uma declaração do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) certificando que a carne estava livre de EEB.
“A inclusão desta declaração (do USDA) que certifica a sanidade do produto reabrirá o comércio de produtos de carne bovina entre a Tailândia e os EUA”. Ele disse que o impacto da barreira no comércio dos EUA foi “mínimo”.
A Tailândia não é um grande comprador de carne bovina norte-americana. As exportações de carne bovina dos EUA ao país asiático no ano passado totalizaram 327 toneladas, mais que as 249 toneladas exportadas em 2001, de acordo com os dados do USDA. O Japão, o maior comprador de carne bovina dos EUA, comprou 249,606 mil toneladas em 2002.
Apesar de o Japão e a Coréia do Sul não terem fechado suas fronteiras às importações dos EUA, os dois países demandaram que os EUA impusessem rapidamente novas medidas de proteção contra a EEB. Isto inclui a determinação de um prazo final até primeiro de setembro para que os EUA garantam que seus produtos são livres de carne bovina canadense.
O USDA tem trabalhado os detalhes técnicos com o Japão e com a Coréia do Sul no que se refere ao comércio de carne bovina, e os oficiais canadenses estão na Ásia nesta semana, fazendo a mesma coisa. EUA, Japão, Coréia do Sul, Tailândia e dezenas de outros países proibiram as importações de carne bovina canadense.
O Canadá tem pressionado os EUA para que o país retire esta barreira, o que tem custado à indústria de carne bovina do Canadá perdas diárias em vendas estimadas em US$ 20 milhões.
Fonte: Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint