Das últimas novidades sobre rastreabilidade de rebanhos a aulas de culinária ministradas por sofisticados chefs de cozinha, a 3ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), que começou quarta-feira (05/06) e termina no domingo, em São Paulo, tem tudo para ostentar o título de mais vistoso showroom da pecuária nacional. Na Feicorte, com exceção dos julgamentos e dos leilões de animais, pouca coisa lembra as tradicionais feiras agropecuárias realizadas pelo Interior do País.
A começar pelo local onde ocorre a mostra, o moderno Centro de Exposições Imigrantes, onde há pouco se realizou a Bienal do Livro de São Paulo. Em uma área de 242 mil metros quadrados, com 50 mil metros quadrados cobertos e quilômetros de tapete vermelho, a Feicorte abriga nesta edição 400 criadores, 1,8 mil animais de raças zebuínas e européias, 12 leilões, exposições nacionais das principais raças, representações de 33 países e mais de 120 empresas do setor e órgãos públicos.
Nos diversos painéis e oficinas realizados nos cincos dias da feira, discutem-se, neste ano, entre outros assuntos, as perspectivas do mercado de carne bovina no mundo, alianças mercadológicas para produção de carne de qualidade, a criação de boi orgânico e o gerenciamento e rastreamento eletrônico de rebanhos.
O crescimento da Feicorte, do ano passado para cá, surpreendeu até mesmo os organizadores. Em 2001 havia apenas 30 estandes e os cinco pregões negociaram R$ 3 milhões. Desta vez, além de pavilhões lotados, a expectativa é de que, apenas os leilões, movimentem pelo menos R$ 8 milhões. “Do Rio Grande do Sul não veio gado este ano, por causa da quarentena. Mas os criadores de charolês do Sul já manifestaram interesse em realizar a sua Exposição Nacional aqui no ano que vem”, adianta a coordenadora geral do evento, Maria Cristina Bertelli.
Fonte: Zero Hora/RS (por Irineu Guarnier Filho), adaptado por Equipe BeefPoint