Tendência de crescimento na agropecuária nacional

Mesmo com o atentado do dia 11 de setembro ao World Trade Center em Nova York (EUA) a perspectiva do cenário agropecuário para o ano que vem é positiva, sendo especulado um crescimento do PIB agropecuário de 4,2% em comparação a este ano, que deve ter um ganho de 3,8%, de acordo com o economista e professor da Universidade de São Paulo (USP), José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política do Ministério da Fazenda e ex-secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior. Segundo o mesmo, que participou ontem do Fórum de Dirigentes de Cooperativas realizado pela Ocepar (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), “A agropecuária está puxando o crescimento do PIB nacional. A melhor forma de ver esse resultado é que ela cresceu mais que a indústria”.

De acordo com Mendonça de Barros, a economia que está em desaceleração por causa da crise de energia e que a curto prazo sofreu conseqüências negativas em função dos ataques terroristas, deve apresentar uma reversão na sua tendência de queda, a partir do segundo trimestre de 2002. O mesmo acredita num crescimento da economia nacional paralelamente a uma recuperação norte-americana. “Se o cenário projetado se materializar, os americanos voltam a crescer e a Europa também. Com o fim do racionamento de energia no Brasil, o mercado de crédito internacional fica mais aliviado, o que significa mais dinheiro entrando”, considera.

Para o economista, o dólar não vai continuar nesse patamar elevado por muito tempo. Por isso, orientou os dirigentes de cooperativas que no estudo de um novo projeto de agronegócio, para conclusão em quinze anos, por exemplo, adotem como referência o dólar a R$ 2,30. “Se o projeto for viável a R$ 2,30, será um enorme negócio a R$ 2,80”, disse.

A pecuária é a responsável pelo incremento do PIB agropecuário acima do PIB nacional. No ano passado e neste, as vendas aumentaram, principalmente de carnes (bovina, frango e suína) e de leite. Parte do crescimento se deve às exportações, cujo volume aumentou em 30% nos últimos dois anos.

Fonte: Paraná Online por Olavo Pesch, adaptado por Equipe BeefPoint