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TO: Fort Dodge apóia campanha contra mosca-dos-chifres

No próximo dia 21 de março a Secretaria de Agricultura do Estado de Tocantins dá início à segunda fase da Campanha de Controle da Mosca-dos-chifres do Estado do Tocantins. A campanha é promovida pela secretaria em conjunto com a Embrapa/Cerrados, Adapec (Agência de Defesa de Agropecuária do Estado de Tocantins), Ruraltins (Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado de Tocantins) e Fort Dodge Saúde Animal.

Evento na capital Palmas deve ter a participação de cerca de 100 criadores de gado do estado, além de técnicos, que receberão instruções sobre como criar e utilizar, nos pastos, a principal arma para o combate da mosca-dos-chifres: o besouro rola-bosta.

De acordo com a Embrapa/Cerrados, a alternativa viável e ecologicamente correta para combater a mosca de chifres é o controle biológico associado ao controle químico, que consiste na introdução de um predador natural no habitat do parasita para controlar sua proliferação aliada ao uso de endectocidas que não prejudicam este processo. Estudos mostraram que o predador indicado para introdução nas pastagens seria o besouro Digitonthophagus gazella, o popular rola-bosta africano.

A campanha implantou oito pólos de criação do rola-bosta, espalhados por todo o estado. Nessas regiões foram realizados palestras e dias de campo para treinamento de técnicos da Adapec, da Ruraltins e pessoas ligadas ao manejo do gado. Foram criados ainda quatro núcleos (fazendas) cujos técnicos e funcionários receberam treinamento e multiplicaram as informações pelas áreas vizinhas.

Agora, a segunda fase da campanha, que começa dia 21, prevê a distribuição de casais de rola-bosta aos proprietários (10 casais do besouro em média, dependendo do tamanho da propriedade). Em seguida, tem início novo ciclo de treinamentos, por meio de palestras e atividades práticas, em que os criadores e técnicos das áreas em torno dos oito pólos e quatro núcleos aprenderão a reproduzir o rola-bosta e a pulverizá-lo nos pastos.

A Seagro, a Embrapa-Cerrados e a Fort Dodge também vão trabalhar na conscientização dos pecuaristas e técnicos quanto à utilização de endectocidas inofensivos ao rola-bosta. Complementa-se, assim, a associação de controle biológico e químico das parasitoses. Resquícios de bases químicas como as avermectinas (Ivermectina; Abamectina; Doramectina), alguns piretróides e alguns organofosforados, usados como vermífugos, inseticidas, carrapaticidas e bernicidas são expelidos nas fezes dos bovinos. Em seguida essas fezes “envenenadas” são ingeridas pelo besouro, que acaba morrendo.

Fonte: Assessoria de imprensa da Seagro

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