Uma proposta para melhorar a cadeia produtiva do couro e da carne no Tocantins sairá hoje, do Fórum Estadual da Cadeia Produtiva dos dois produtos, cuja discussão começou ontem à tarde, no auditório da Assembléia Legislativa (AL).
O encontro continua hoje com a elaboração do documento que, segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, será levado ao Governo do Estado para posteriormente ser enviado à AL visando sua aprovação. “Este Fórum é uma provocação para que os atores (produtores e frigoríficos) conversem sobre a cadeia e encontrem um bom termo para os dois”, frisou o secretário.
O foco será no couro e em seu melhor aproveitamento, bem como na questão da qualidade do produto, desde a produção no campo. A coordenadora do Programa Brasileiro de Qualidade do Couro, Creusa Marlene Batista, falará sobre a “Agregação de valor ao couro”.
O presidente do Fundeagro, Marzola Júnior, destacou que é preciso que o Estado trabalhe sua política de taxas para o setor pecuário, acompanhando o cenário nacional e não apenas o regional. “No Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, por exemplo, o imposto para vender o gado para fora é o mesmo das vendas internas, 3%. Já estamos fazendo contatos com o governo estadual para que também haja isto aqui”, disse, acrescentando que para aumentar sua renda o produtor precisa trabalhar melhor a cadeia produtiva.
Ainda segundo ele, em se tratando do couro, o pecuarista precisa fazer muito pouco para agregar valor ao produto. “Não é aumentando o preço ao consumidor que vamos aumentar nossa renda. Valorizar o produto é o caminho”, completou Marzola Júnior.
O engenheiro agrônomo e diretor da AgriPoint Consultoria, Miguel da Rocha Cavalcanti, falou ontem sobre as perspectivas e tendências da cadeia produtiva da carne brasileira, enfatizando a necessidade de o produtor profissionalizar-se e começar a sentir do consumidor que tipo do produto ele quer. “Hoje o grande desafio do produtor é buscar conhecimento. Para poder atuar a contento, não conta mais quanto tem de terra, fábrica ou dinheiro. O insumo mais importante é o conhecimento, saber o que o consumidor quer”, disse, enfatizando que o Tocantins tem plenas possibilidades de produzir, com qualidade, carne para atender diversos tipos de mercados, com boas chances de aumentar a receita total da pecuária de corte.
Fonte: Jornal do Tocantins (por Samuel Lima), adaptado por Equipe BeefPoint