Entidades ligadas à cadeia produtiva da carne no Tocantins vão desenvolver um estudo sobre o mercado desse produto nos principais países da Europa e, a partir dos resultados, analisar as possibilidades de adequação tecnológica, que seriam implementadas pelos produtores e indústria frigorífica local, a fim de atingir esse mercado ou nichos específicos. Nos próximos dias, será firmado um termo de cooperação técnica com a Universidade Tecnológica de Conpiègne (UTC), da França, que irá ceder dois especialistas para realizar o trabalho de campo na Europa e no Tocantins.
A iniciativa é liderada pela Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto). De acordo com o coordenador da área de Tecnologia da entidade, Alan Barbiero, o coordenador do projeto será um especialista em carne e o outro técnico está desenvolvendo estudo de doutorado.
A pesquisa de campo, prevista para iniciar em março ou abril de 2003, deverá durar dois meses na Europa, dois meses no Brasil e mais um mês para o fechamento dos dados. Além da Fieto, estão envolvidos diretamente o Fundo de Defesa Agropecuário (Fundeagro), o Sindicato da Indústria Frigorífica (Sindcarnes) e o Sebrae. Eles deverão disponibilizar R$ 40 mil para despesas de locomoção dos pesquisadores.
O Tocantins adquiriu status de zona livre da febre aftosa com vacinação pelo Organização Internacional de Epizootias (OIE), com sede na França, em maio de 2001. A participação da carne tocantinense na balança comercial do Estado ainda é pequena. De janeiro a julho passado, foi de 1.183.833 toneladas, totalizando US$ 743.887.
Barbiero explica que o levantamento vai apurar o tipo de corte, teor de gordura, textura, sabor, idade do animal que o europeu quer consumir e quais as possibilidades e custos para os produtores fazerem essa adequação. “A pesquisa vai nos indicar as diretrizes para que possamos realmente implantar um projeto de exportação de carne no Tocantins”, enfatiza.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Ivonete P. Motta), adaptado por Equipe BeefPoint