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Tocantins próximo de acordo com Irã

Pode sair hoje um acordo entre o Sindicato da Indústria Frigorífica do Tocantins (Sindcarnes) e compradores do Irã, para o embarque até o final de setembro, de mil toneladas de carne, de um total de cinco mil que aquele país pretende comprar do Brasil neste ano. O presidente licenciado da entidade, José João Stival, encontra-se hoje em São Paulo, num esforço para fechar esse primeiro negócio, que é resultado da recente viagem de comitiva tocantinense ao Irã, liderada pelo governador Siqueira Campos.

A instabilidade do dólar e o aumento do preço da arroba do boi, que no Tocantins subiu de R$ 37 para R$ 42, está dificultando o entendimento com o comprador iraniano, explica o presidente em exercício do Sindcarnes, Renato Mauro Menezes Costa. Mesmo que aparentemente não seja o momento ideal para fechar negócios cotados em dólar, sobretudo aqueles para entrega futura, Costa diz que o Tocantins quer firmar essa pareceria com o Irã para mostrar a qualidade do seu produto e estreitar as relações com o país do Golfo Pérsico. “Vamos tentar chegar a um consenso que seja bom para as duas partes”, enfatizou.

O Sindcarnes, por meio de Stival e Costa, tem feito inúmeros contatos com compradores internacionais e firmado alguns contratos, como a China e Rússia. Recentemente, o Tocantins recebeu uma missão técnica da África do Sul que queria conhecer o modelo de gestão da sanidade nas áreas de fronteira de estado livre da febre aftosa com vacinação com vizinhos de risco desconhecido, no caso, Tocantins, Pará e Maranhão.

Para Stival, a rastreabilidade, que começa a ser implantada no Brasil, vai dar mais confiança aos compradores internacionais e o País só tende a ganhar com isso. “Temos oferta e qualidade”, reforça. Ele lembrou que, quando da viagem da comitiva tocantinense ao Irã, já estava definido que aquele país iria importar do Brasil cinco mil toneladas de carne este ano, mas o estado não estava entre os fornecedores do produto. No entanto, um acerto firmado entre o governador Siqueira Campos e o governo iraniano possibilitou o ingresso do Tocantins nessa lista de fornecedores, que inclui os estados de São Paulo e Goiás.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Ivonete P. Motta), adaptado por Equipe BeefPoint

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