As 16 empresas que lideraram as exportações do agronegócio brasileiro no primeiro bimestre deste ano foram responsáveis por 60% da queda da receita total dos embarques do setor no período, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) e do Ministério da Agricultura.
Segundo a Secex, as vendas ao exterior dessas 16 companhias, que estão na lista das 40 maiores exportadoras do país, somaram US$ 4 bilhões em janeiro e fevereiro, 20,3% menos que em igual intervalo de 2014 (US$ 5 bilhões). E, conforme o ministério, os embarques setoriais como um todo caíram 13,9%, de US$ 12,3 bilhões para US$ 10,5 bilhões.
Uma vez que os embarques totais das 40 maiores empresas exportadoras do país recuaram 21,3% na comparação entre os primeiros bimestres, de US$ 15,1 bilhões para US$ 11,9 bilhões, a fatia das líderes do campo no grupo até subiu, de 33,3% para 33,7%. Mas, como representaram a maior parte da retração setorial, sua participação nas vendas totais do agronegócio diminuiu de 41,1%, no primeiro bimestre de 2014, para 38,1% no início de 2015.
Maior empresa de proteínas animal do mundo, a JBS consolidou, no primeiro bimestre, o primeiro lugar entre as maiores exportadoras do agronegócio brasileiro, posto conquistado em 2014. Mas a receita de seus embarques totais caiu 19%, para US$ 779 milhões. O valor inclui as exportações da Seara, que nas estatísticas da Secex está desmembrada.
No caso da BRF, segunda maior exportadora do agronegócio no primeiro bimestre, a queda dos embarques em relação ao mesmo período de 2014 foi de 22,1%, para US$ 471,2 milhões. No da Minerva, mais abaixo na lista das maiores exportadoras do segmento e do país, a retração foi de 25,6%, para US$ 145 milhões.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.