A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) informou que protocolou na sexta-feira ofícios no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e nos ministérios do Trabalho e da Agricultura em repúdio à “ameaça” de demissões de cerca de 600 trabalhadores de um frigorífico da Marfrig em Alegrete, no Rio Grande do Sul. Em nota, a CNTA não descartou realizar uma mobilização nacional de funcionários da empresa, com possíveis “paralisações”, para reverter as demissões.
Na semana passada, a Marfrig decidiu fechar a unidade alegando falta de rentabilidade e escassez de bois para o abate. A medida integra o programa de redução de cerca de R$ 30 milhões em despesas por ano na divisão de carne bovina no contexto da reestruturação da companhia.
A Marfrig não quis informar o número exato de demissões. De acordo com nota da companhia, alguns funcionários podem ser transferidos para outros frigoríficos da companhia no Rio Grande do Sul e, “se possível”, para outras plantas no Brasil.
No comunicado, a CNTA Afins informa que pediu uma “intervenção” ao governo para reverter as demissões. Além disso, diz que as demissões também deveriam preocupar o governo e a sociedade, já que a Marfrig conta com “incentivos e empréstimos” do BNDES. O banco é o segundo maior acionista da empresa.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.