Trânsito de gado no Pará é restrito para evitar disseminação da aftosa

A Delegacia Federal de Agricultura do Pará e a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adepará) divulgaram portaria ontem (22/06) proibindo temporariamente o trânsito de animais suscetíveis à febre aftosa do município de Monte Alegre para outros municípios do estado e para outras unidades da Federação.

A portaria também proíbe o trânsito dos animais com finalidade de cria e engorda, reprodução, exposição ou leilão, com origem nos municípios de Prainha, Alenquer, Santarém e Belterra, com destino às áreas livres de aftosa. Esses quatro municípios fazem limite com Monte Alegre, onde foi confirmado um foco de febre aftosa na semana passada. De acordo com a portaria, essas medidas foram tomadas para impedir a difusão da doença para outras partes do estado e do País.

A portaria estabelece que o trânsito de animais para abate imediato será permitido mediante as seguintes condições: a propriedade deverá estar a mais de 25 quilômetros do foco, os animais não deverão apresentar sinais clínicos de febre aftosa no momento do embarque e deverá ser acompanhado pela Adepará, que deve lacrar a carga do veículo na origem, no caso de mais de um meio de transporte, todos os embarques e desembarques deverão também ser acompanhados.

Os técnicos estão autorizados a impedir o trânsito de animais ou produtos de origem animal considerados de risco para transmissão de febre aftosa.

Essas medidas só serão suspensas depois de concluído o trabalho de fiscalização que vem sendo realizado na região. Em reunião ontem (22/06) em Belém, entre o governador Simão Jatene, dirigentes da Federação da Agricultura, da Adepará e produtores, ficou acertada a formação de um grupo de trabalho composto por representantes do governo estadual, dos pecuaristas e dos proprietários de frigoríficos do Pará.

Os pecuaristas solicitaram, porém, autorização para o trânsito livre de animais de elite destinados a exposições. Como no Estado existem três áreas de classificação de risco, o presidente da Adepará, Luiz Pinto de Oliveira, disse que a proposta será analisada. Segundo os empresários, os animais são rastreados e controlados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Fonte: Gazeta Mercantil (Raimundo José Pinto), adaptado por Equipe BeefPoint

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