A Tyson Foods emitiu uma declaração na qual expressou sua forte oposição à versão do Senado do projeto de lei entitulado Farm Bill, que proibiria os frigoríficos de possuírem animais por mais de 14 dias antes do abate.
A Tyson ficaria impossibilitada de transferir os métodos de sua produção de frangos para os negócios com bovinos, comprados como parte da IBP inc. A Tyson afirma que isso levaria a companhia a vender parte considerável dos ativos de carne bovina e suína.
“Nosso grupo de frigoríficos adquire animais de produtores independentes de diversos tamanhos, para suprir nossas fábricas,” a declaração afirmava. “Nós não temos interesse em aumentarmos nossos confinamentos e nós acreditamos que maiores regulamentações por parte do governo, como aquelas propostas no projeto de lei Farm Bill, trarão conseqüências inesperadas e serão prejudiciais para a pecuária de corte”.
A empresa também afirmou que a Farm Bill resultaria em consolidações e parcerias industriais não previstas, aumentaria a saturação do mercado e reduziria financiamentos para a compra de animais. Tudo isso, de acordo com a companhia, prejudicaria interesses de pequenas fazendas, faria as corporações ainda maiores e, eventualmente, derrubariam os preços.
A Tyson recentemente noticiou sua nova estrutura e estratégia. A empresa vai integrar todas suas linhas de produtos, permitindo à companhia estabelecer uma relação estável e uniforme com o consumidor e oferecer maiores oportunidades de venda através de seu abrangente portfolio de produtos.
“Nossa promessa é continuar a investir no sucesso de nossos produtos oferecendo suporte logístico e tecnológico e um sistema de marketing baseado no consumidor para a mais extensa variedade de produtos cárneos (carne, frango e suíno) preparados e de valor-agregado disponibilizados por uma única empresa,” afirmou John Tyson.
Impulsionando a movimentação de bovinos e suínos na cadeia de valores, como a companhia fez com o frango, a empresa afirmou que suas metas de valor agregado enfocando produtos prontos e semi-prontos dá a ela a possibilidade de administrar completamente as gôndolas de carne. A companhia afirmou que, ao final do ano fiscal de 2002, pretende vender mais que US$1,3 bilhão dos produtos da marca Thomas E. Wilson, que é a marca da IBP inc. de cortes e pratos semi-prontos de carne bovina.
Steve Hankins, diretor financeiro, disse que a aquisição da IBP inc. já está provando ser lucrativa à Tyson, conforme testemunhado por uma forte performance no primeiro trimestre. Hankins ainda reiterou as projeções de ganho de sinergia entre a IBP e a Tyson, que seriam de US$ 50 milhões para o ano fiscal de 2002, US$ 100 milhões para 2003 e US$ 200 milhões para 2004.
Fonte: Meating Place (Joshua Lipsky), adaptado por Equipe BeefPoint