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Uberaba: japoneses gostaram do que viram

Representantes do Japão, que visitaram ontem pela manhã (13/12) a sede da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) em Uberaba, afirmaram ter ficado satisfeitos com as informações que receberam sobre o zebu e a pecuária do Brasil. Hitoshi Asaki e Akio Tamai, respectivamente, presidente e diretor da Livestock Industries Corporation (Alic), conheceram o sistema de identificação do zebu no Brasil através do serviço de registro genealógico das raças zebuínas, executado pela ABCZ. Eles solicitaram também informações sobre o sistema de produção da carne brasileira.

A Alic tem sede no Japão, e escritórios em cinco países. Asaki e Tomai são os responsáveis pela unidade de Buenos Aires, na Argentina, que abriga o único escritório das Américas. Eles contam que a empresa atuava como representante do Ministério da Agricultura japonês, para deliberar sobre todos os assuntos relacionados à importação de carnes. Em 1991, o governo deixou de intervir nos processos de importação e deu liberdade para as empresas importadoras, tornando livre o comércio de carnes com o exterior. A Alic passou, então, a atuar como um elo entre empresas japonesas e os países exportadores de carne. Cabe à Alic captar informações sobre possíveis exportadores de carnes para o Japão, e repassá-las a empresas interessadas na importação.

Hoje, os maiores vendedores de carne para o Japão são os Estados Unidos e a Austrália. Os dois abastecem 60% do mercado japonês de carnes, cuja demanda é de um milhão de toneladas ao ano. A Argentina, outro tradicional exportador, está impedida de vender o produto por causa de barreiras sanitárias, impostas em virtude do registro de focos de febre aftosa no rebanho portenho este ano.

“Nossa missão é estabelecer uma base para um futuro intercâmbio entre importadoras japonesas e o Mercosul”, explicou Asaki. Segundo ele, o maior volume de informações que a Alic estava acostumada a enviar era referente ao rebanho argentino.

As atenções dos japoneses começaram a voltar-se para o Brasil, depois que a pecuária brasileira ganhou status internacional de “carne segura”, e atingiu um estágio de grande exportador mundial. Pesaram também na opção de os japoneses conhecerem a pecuária brasileira os casos de aftosa na Argentina, informou Asaki.

A Alic informou à ABCZ que a preferência dos japoneses, no que se refere à carne bovina, se dá pelas carnes mais macias e mais gordurosas. Asaki não adiantou se isso poderia vir a ser uma pequena barreira, já que a carne brasileira apresenta um baixo teor de gordura. “Todas essas informações serão encaminhadas às empresas interessadas em comprar a carne do Brasil”, acrescentou o presidente da Alic.

Fonte: Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ (por Jorge Zaidan Jr.), adaptado por Equipe BeefPoint

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