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UE aumenta cota de carne bovina do Canadá

A União Europeia (UE) fez um acordo com o Canadá garantindo acesso adicional para a carne bovina canadense, por meio de uma cota que exclui o produto exportado pelo Brasil e outros parceiros. O acerto com o Canadá sai num momento em que o bloco negocia acordo de livre comércio com o país. Nesse cenário, quem perde são os produtores do Mercosul. Ainda mais que o acordo de comércio Mercosul-UE está longe de ser concluído e é grande a oposição na Europa ao produto do Cone Sul.

A União Europeia (UE) fez um acordo com o Canadá garantindo acesso adicional para a carne bovina canadense, por meio de uma cota que exclui o produto exportado pelo Brasil e outros parceiros.

Por um acordo assinado em Bruxelas, a UE estendeu uma cota com tarifa zero para a importação de mais 1.500 toneladas de carne bovina de alta qualidade canadense até agosto de 2012. O volume será ampliado para 3.200 toneladas até 2013. Em contrapartida, o Canadá não vai mais retaliar produtos europeus no valor de US$ 11 milhões, através de elevação de tarifas, como autorizara a Organização Mundial do Comércio (OMC). Em maio de 2009, os EUA conseguiram aumento de cota de 20 mil toneladas por três anos, seguido de elevação para 45 mil toneladas no quarto ano, também na barganha com os europeus.

A definição de “carne de alta qualidade” foi feita de tal modo que a cota de importação só poderá ser preenchida pelos americanos e canadenses. No passado, alguns negociadores chegaram a mencionar que o caso poderia ser contestado na OMC, mas isso nunca ocorreu.

O acordo foi feito para pôr fim à briga – iniciada em 1996 – provocada pela decisão europeia de bloquear a entrada de carne bovina canadense, sob alegação de que o produto tinha hormônio e não era compatível com o padrão europeu.

Em 2008, a OMC decidiu que a UE violara as regras internacionais de comércio ao proibir a carne com hormônio do Canadá e dos EUA. O acerto com o Canadá sai num momento em que o bloco negocia acordo de livre comércio com o país. Nesse cenário, quem perde são os produtores do Mercosul. Ainda mais que o acordo de comércio Mercosul-UE está longe de ser concluído e é grande a oposição na Europa ao produto do Cone Sul.

As informações são do Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Ai esta,se não,este um dos motivos pelo quias os frigoríficos não estam pagando ágio sobre o boi brincada UE.

    Outra resposta é o alto preço de nossas @s atualmente,que estão mais apreciadas do as @s de outros países mundo a fora.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  2. Fábio Andrade disse:

    Ta chovendo carne do EUA na Europa,e começou aumentar o volume da carne Canadense.Carnes Argentinas ainda tem bastante,Uruguaias em menor volume,mas também estão aqui.Carne Brasileira,dificílimo de ver.Quase não vejo.

  3. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Aparentemente, a confiar no que está escrito pelo jornalista, os europeus não vão mais poder dizer que não aceitam consumir carne sem anabolizante.

    Abre-se assim uma brecha importante para os confinadores brasileiros, que hoje usam boi inteiro de mais de 24 meses de idade. A carne produzida por vezes desagrada consumidores mais refinados.

    Se caiu o penúltimo bastião da resistência ao Ralgro e ao Synovex, os confinadores poderiam, em tese, usar bois castrados anabolizados, desde que se conseguisse mudar a ultra-conservadora legislação brasileira.

    Com isso e mais algum cuidado na formulação da dieta, a qualidade da carne da primavera teria melhora considerável. O benefício da liberação de anabolizantes se estenderia naturalmente àqueles que, como eu, só engordam o boi castrado pronto no outono.

    Que pensa o prof. Pedro de Felício?

    Num tempo em que aumento de produtividade e otimização do gasto de insumos são importantes palavras de ordem, esta é uma discussão que o BeefPoint poderia liderar…

  4. Manoel Terra Verdi disse:

    É, e pensar que a apenas dez dias noticiou-se mais um caso de vaca louca no Canadá. E tem brasileiro que continua pensando que as dificuldades comerciais que temos com a UE, são de ordem sanitárias.

  5. Fábio Andrade disse:

    Esta parcela da carne exportada do Canadá e EUA para a Europa não tem hôrmonio não!Agora, em relação a briga para venda da carne com hormônio,não acabou.O que eles conseguiram é agilizar cota para carne sem hormônio.