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UE autoriza importação de carne do Paraguai

O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai recebeu a confirmação de que, desde 1 de agosto, o Paraguai está plenamente habilitado para enviar carne fresca à União Européia (UE). O presidente do Senacsa, Hugo Corrales, disse que agora o país precisa trabalhar para manter o mercado.

O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai recebeu a confirmação de que, desde 1 de agosto, o Paraguai está plenamente habilitado para enviar carne fresca à União Européia (UE). O presidente do Senacsa, Hugo Corrales, disse que agora o país precisa trabalhar para manter o mercado.

De acordo com o publicado no Diário Oficial da Comissão Européia, foram autorizadas importações de carne fresca maturada e desossada de bovinos do Paraguai, excetuando-se a zona do cordão fronteiriço denominada Zona de Alta Vigilância.

Corrales estimou que em dez dias estarão sendo feitos acordos com as indústrias sobre os procedimentos para começar a fazer os primeiros envios de carne à UE. Ele disse que imediatamente serão iniciadas gestões para poder utilizar a Cota Hilton que não foi utilizada todos esses anos, desde março de 2003, quando a UE fechou oficialmente seu mercado à carne paraguaia. O Paraguai tem uma cota de 1000 toneladas por ano de Cota Hilton.

Se conseguisse utilizar as cotas anteriores, o Paraguai teria a possibilidade de exportar até 5000 toneladas de Cota Hilton, cujo valor no mercado europeu oscila entre US$ 17.000 e US$ 20.000 a tonelada. Igualmente, Corrales disse que também se prevê negociar com a Comissão Européia um aumento anual desta cota.

O Paraguai, no entanto, tem limitações em volume para envio de carne à UE porque até agora, somente 43 estabelecimentos pecuários estão inscritos no Sistema de Rastreabilidade do Paraguai (Sitrap), requisito indispensável para a autorização de abates de bovinos com destino à Europa.

O Paraguai já começou a receber pedidos dos europeus após essa autorização. A dona do frigorífico Frigomerc, Maris Llorens, disse que em uma semana já teria condições de estar enviando os primeiros lotes. A reportagem é do ABC Color.

0 Comments

  1. Jorge Humberto Toldo disse:

    Ora, morei muitos anos no MS e sei que o melhor estado do Brasil em pecuária tem sido atingido, e o Brasil de tabela, por focos de aftosa que vieram do Paraguai! O governo brasileiro tem doado vacinas ao vizinho para amenizar a situação e no entanto os infelizes exportam carne para a UE e o Brasil não! Não é piada?

    Ora, senhores governantes, tomem vergonha nas vossas caras e tomem atitudes sérias, dignas de um país como o Brasil

    Se os senhores não nos defendem quem poderá nos defender? Os paraguaios?

    Criaram um sistema impraticável de rastreabilidade que ocasionou na gota d´água para as restrições, que não passam de embargos econômicos e nós que pagamos o preço.

  2. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Não tenho informações precisas sobre a evolução dos programas sanitários do Paraguai, mas até hoje qualquer pecuarista do Sul tem convicção de ser uma fronteira de grande risco para manutenção de nosso status sanitário.

    Certamente que não pelas quantidades autorizadas, mas pelo significado político da notícia, concordo com o Jorge Humberto, soa como piada.

    Alguém tem informações sobre o Sitrap que tem 43 fazendas aprovadas?

    No Rio Grande do Sul, salvo engano, são 11 estabelecimentos aprovados para exportar à Europa.

    Também entendo que a matéria merece ser analisada com maior profundidade.

    Atenciosamente,
    José Luiz Kessler