Uma pesquisa do Eurobarometer sobre as atitudes dos consumidores europeus com relação ao bem-estar dos animais de produção, que envolveu toda a União Européia (UE), mostrou que 74% dos consumidores acreditam que podem melhorar o bem-estar animal através de suas escolhas de compras e 57% estão dispostos a pagar mais pelos alimentos produzidos proporcionando este bem-estar. A pesquisa também revelou que os consumidores estão preocupados que esses produtos sejam difíceis de serem identificados.
Os temas trabalhados na pesquisa foram as atitudes dos consumidores com relação ao bem-estar dos animais de produção, a influência disso em suas compras de alimentos e suas percepções sobre como o bem-estar animal é tratado a nível de UE.
Visitas a fazendas parecem aumentar a conscientização e a preocupação dos consumidores europeus com relação ao bem-estar animal. A maioria dos participantes da pesquisa visitou uma fazenda que cria animais pelo menos uma vez, com a maior proporção sendo na Escandinávia (90%) e as menores em Portugal (29%) e Grécia (34%).
Existe uma forte ligação entre a freqüência de visitas e a aceitação dos aumentos de preços devido à melhoria no bem-estar animal. Dos participantes da pesquisa que disseram que estavam dispostos a aceitar um aumento de preços de pelo menos 25% pelo bem-estar animal, 54% visitaram uma fazenda no mínimo três vezes.
Pouco mais da metade dos consumidores europeus (52%) disse que não leva em consideração o bem-estar animal quando compra carne. Entretanto, houve grandes disparidades entre os Estados Membros com relação a este assunto.
Em todos os Estados Membros, exceto em Chipre (38%), a maioria disse que o bem-estar animal não influencia em suas compras. Os dados foram de mais de dois terços na República Tcheca (74%), Eslováquia (73%), Estônia (69%) e Polônia (68%). Por outro lado, 67% dos suecos, 66% dos gregos e 64% dos moradores de Luxemburgo disseram que levam em consideração o bem-estar animal quando compram carne.
Mais de três quartos dos entrevistados disseram que acreditam que podem influenciar as condições de bem-estar animal através de seu comportamento de compra (ou seja, comprando produtos que proporcionem bem-estar animal). Esta opinião foi mais forte na Suécia (94%) e Chipre (90%), enquanto foi menos certa na Lituânia (56%), Estônia (57%) e Portugal (62%).
Entretanto, 51% disseram que nunca ou raramente conseguem identificar produtos oriundos de sistemas que proporcionam o bem-estar animal. Este dado foi maior nos novos Estados Membros, excedendo em 80% na Eslováquia, República Tcheca e Polônia.
A maioria dos consumidores europeus (55%) acreditam que é dada uma importância insuficiente ao bem-estar animal nas políticas agrícolas nacionais. Esta visão é mais forte na Grécia (73%), República Tcheca (65%) e Eslovênia (65%), mas menos presente na Finlândia (40%), Estônia (43%) e Espanha (44%). Somente 7% dos pesquisados acham que é dada muita importância ao bem-estar animal nas políticas nacionais da UE.
Cerca de 79% dos entrevistados consideram a proteção dos animais na UE semelhante ou melhor do que nas outras partes do mundo, com 45% acreditando que os padrões de bem-estar animal são maiores na UE. Esta opinião foi mais forte entre os pesquisados na Bélgica (61%), Alemanha (61%) e Finlândia (60%).
Fonte: Comunidade Européia, adaptado por Equipe BeefPoint