Hoje, o Comitê Veterinário da União Européia deverá anunciar, em Bruxelas, a retomada das importações de carne bovina desossada e maturada gaúcha. Com a suspensão das remessas para a UE, desde maio, por causa da aftosa, o Rio Grande do Sul deixou de vender US$ 50 milhões.
Outras decisões importantes para a pecuária gaúcha devem ser tomadas a partir de hoje. Em Brasília, o delegado do Ministério da Agricultura, Flávio Vaz Neto, participa de uma reunião que pode definir a abertura dos corredores sanitários para a saída de animais do Estado para o resto do País. A relação dos exemplares vendidos para criadores de outros estados já foi enviada ao ministério.
Amanhã, veterinários do Convênio Bacia do Prata chegam ao Estado para avaliar a infra-estrutura sanitária gaúcha. Outras duas equipes estarão em Santa Catarina e no Paraná. A visita ao Brasil vai finalizar o roteiro já realizado na Argentina, no Uruguai, no Paraguai e na Bolívia.
Panaftosa
O trabalho dos técnicos é coordenado pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa). A vinda da missão foi anunciada ontem pelo representante do Panaftosa, Alejandro Lopez, no Seminário Internacional de Vigilância em Sanidade Animal e Zoonoses, em Porto Alegre (RS).
O roteiro dos técnicos tem o objetivo de verificar as condições do serviço sanitário de todos os países integrantes do Convênio Bacia do Prata. Nos dias 12 e 13 de dezembro, reúnem-se em Porto Alegre para fazer um balanço das informações e traçar um programa de combate à febre aftosa na região nos próximos cinco anos.
No Rio Grande do Sul, o uruguaio Francisco Muzio – coordenador do convênio – e o argentino Cezar Mattos vão inspecionar barreiras sanitárias e inspetorias veterinárias de 12 municípios. A visita começa com uma reunião, amanhã, na Secretaria da Agricultura. No dia 30, as equipes retornam à Capital, para fazer uma análise conjunta dos dados levantados.
Fonte: Zero Hora/RS, adaptado por Equipe BeefPoint