A União Européia não pretende negociar a criação de uma área comercial com o Mercosul antes do resultado das negociações de Doha, mesmo com o pedido de retomada nas negociações feito pelo Itamaraty, que assume a presidência do Mercosul neste semestre.
No setor agrícola, a preocupação é saber como ficará o mercado europeu para carnes depois do acordo da Organização Mundial do Comércio (OMC) e de um eventual ganho para brasileiros e argentinos.
O Mercosul quer maior acesso de seus produtos agrícolas no mercado europeu. Bruxelas admitiu que terá que reduzir suas barreiras, mas ofereceu um corte pequeno de tarifas de importação e um aumento limitado das cotas para produtos como açúcar e carnes. Já os europeus insistem que o Mercosul precisa abrir seus mercados para produtos industriais e serviços de forma mais ampla, segundo reportagem do Estadão/Agronegócios.
As negociações entre os dois blocos já duram sete anos e até agora não há sequer esboço de um acordo. Em 2004, o processo foi interrompido diante das diferenças entre os europeus e o Mercosul. No ano passado, os negociadores tentaram retomar o processo, mas poucos avanços foram feitos.