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UE estuda concessão de vantagens às exportações argentinas

O União Européia (UE) deve responder de forma positiva à grande parte do pedido argentino de ajuda de emergência, através da redução de tarifas de exportação para o bloco. No entanto, o emissário da notícia não será o responsável pela pasta de comércio da Comissão Européia, Pascal Lamy, que chega hoje na Argentina.

Lamy irá abordar o tema, juntamente com as negociações de livre comércio com o Mercosul, durante seus encontros com o presidente argentino, Eduardo Duhalde, e o responsável pela pasta de comércio da Argentina, Martín Redrado. O anúncio definitivo da UE está previsto para a próxima semana, mas não será feito nem em Buenos Aires, nem em Bruxelas, mas em Barcelona, onde será realizada uma feira agrícola, que contará com a participação do responsável pela pasta agrícola da UE, Franz Fischler, e do ministro da agricultura argentino.

“Temos razões para um otimismo moderado”, mencionou o embaixador argentino na UE, Roberto Lavagna, após uma série de encontros com as autoridades máximas da Comissão Européia. “Foram feitas perguntas precisas a respeito de nossas aspirações e não houve recusa na discussão de nenhum tema, também não houve o descarte de nenhum tema abordado”, declarou.

A solicitação argentina se divide em duas áreas. No que se refere às carnes, o país não pediu o aumento da Cota Hilton – para o qual teria que ser aberto um novo tratado bilateral, o que entraria em conflito com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), mas a compensação do volume não comercializado em 2001 devido ao veto à entrada de produto na UE, causado pelo surgimento da febre aftosa. Isso permitiria aos exportadores argentinos aumentar em até 2000 toneladas mensais suas vendas da cota normal de 28.000 toneladas/ ano, mas apenas por um período máximo de 11 meses.

A segunda parte do pedido argentino consiste na adoção, em caráter extraordinário e durante um período de 12 a 18 meses, das mesmas tarifas praticadas com os países incluídos no Sistema Geral de Preferências (SGP). Estes países são organizados em dois grupos: 49 nações consideradas de extrema pobreza (a maioria localizada na África) e países nos quais a UE deseja estimular a substituição do cultivo de drogas (como países andinos, Afeganistão, etc…).

”Nós não desejamos entrar em nenhum destes grupos, apenas desejamos o mesmo nível de acesso ao mercado europeu. Resumindo, não queremos ser discriminados como produtores de drogas ou uma das nações mais pobres do planeta”, mencionou Lavagna.

No caso de couros, por exemplo, as exportações argentinas hoje têm tarifas entre 5,5 e 6,5%. Os países favorecidos pelo programa anti-drogas, colocam seu produto sem nenhuma barreira tarifária e o restante dos participantes do SGP têm apenas uma tarifa de 3%.

Fonte: La Nación (por Graciela Iglesias), adaptado por Equipe BeefPoint

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