União Européia aguardará até o final do mês novas informações do Brasil sobre o que está sendo feito para implementar um plano de controle sanitário da produção de alimentos, incluindo as carnes. Até que isso aconteça o país está ameaçado com aplicação de novas barreiras às exportações.
Notícia de Jamil Chade para O Estado de S.Paulo informou que a União Européia (UE) aguardará até o final do mês novas informações do Brasil sobre o que está sendo feito para implementar um plano de controle sanitário da produção de alimentos, incluindo as carnes. Até que isso aconteça o país está ameaçado com aplicação de novas barreiras às exportações. Nesta semana os veterinários do bloco iniciam em Bruxelas uma avaliação detalhada de toda a situação fitossanitária brasileira.
“A Comissão Européia está pedindo ao Brasil que fortaleça seu controle de resíduos. Se os problemas não forem adequadamente lidados, existe a possibilidade de que certas importações sejam suspensas no futuro”, avisou o porta-voz do Departamento de Saúde do Consumidor da UE, Haravgi-Nina Papadoulaki.
O que os europeus querem é que o governo brasileiro mostre que é capaz de fazer um monitoramento de resíduos que dê garantias de segurança dos alimentos equivalentes ao que exige a lei européia.
Na semana passada, por falta de um plano de controle, a UE anunciou que carnes de porco, de cabra, carneiro e leite deixaram de fazer parte dos produtos que podem ser exportados pelo Brasil. Para que um produto seja incluído na lista dos bens que podem ser exportados, os europeus exigem que haja um plano de controle fitossanitário para cada setor. Como nesses casos não estavam ocorrendo vendas regulares para o mercado europeu, os setores atingidos optaram por não fazer os controles de saúde e serem retirados da lista, por enquanto.
Ao mesmo tempo em que as autoridades européias dão uma trégua, as entidades de classe fazem de tudo para que sejam aplicadas sanções ao Brasil. Sem ter como competir em termos de preço com a produção brasileira, o setor privado europeu encontrou nas falhas fitossanitárias do país uma brecha para pedir a proteção com barreiras.