UE facilita entrada de carne dos EUA

A União Européia (UE) vai reduzir as exigências dos exames para detectar a presença de hormônios na carne bovina importada dos Estados Unidos. A medida foi anunciada após os exames adicionais solicitados pelos técnicos da UE não terem detectado indícios da presença dessa substância proibida de estímulo ao crescimento dos animais.

Apenas carne bovina que os Estados Unidos garantem ser isenta de hormônios tem autorização para entrar na União Européia. O bloco de 15 países começou a fazer exames em toda a carne bovina importada dos Estados Unidos em setembro de 1999, em setembro de 2000 a EU reduziu para 20% a percentagem de lotes a serem testados. Desde então não foi mais encontrado nenhum indício de hormônios na carna americana.

“Produtos bovinos não tratados com hormônios provenientes dos Estados Unidos serão submetidos a exames, aleatoriamente, para a detecção da presença de quaisquer resíduos, como qualquer outra carne importada de outro país”, informou a Comissão Européia por meio de um comunicado divulgado por e-mail, depois da decisão tomada por seus assessores veterinários.

A União Européia vetou o uso e venda de carne tratada com hormônio em janeiro de 1989, com a alegação que o produto representava ameaça à saúde humana. Os EUA impuseram US$ 116,8 milhões ao ano em tarifas aos produtos importados da UE em retaliação ao veto, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter concluído, em 1998, que a UE não apresentara provas científicas suficientes para justificar a proibição.

O Canadá, que protocolou na OMC reclamação conjunta com os EUA contra a proibição da UE, impõe mais US$ 7,1 milhões em sanções comerciais aos produtos importados da Europa. Os EUA têm cota de exportação de 10 mil toneladas/ano de carne bovina isenta de hormônios à UE. O Canadá tem cota adicional de 1,5 mil toneladas isenta de hormônios.

Essa medida na afetará muito os EUA, pois apenas 2% da carne exportada pelos EUA vai para a Europa, que é o maior mercado consumidor de carne no mundo.

Fonte: Gazeta Mercantil e American Meat Institute, adaptado por Equipe BeefPoint