Nesta semana a União Européia (UE) passou a ter novas e mais rígidas regras para a rotulagem de produtos derivados de carnes, colocadas em prática para fornecer aos consumidores melhores informações sobre o alimento que compram.
Uma Diretriz determinou a emenda na atual legislação sobre a rotulagem dos produtos da UE estreitando a definição do termo “carne” para rotulagem de produtos derivados de carne. Esta emenda teve início em primeiro de janeiro deste ano, com um período de adequação até o final de junho.
Os consumidores geralmente acreditam que carne se refere aos cortes de músculos, de acordo com a Comissão Européia, e a nova definição nos rótulos permitirá que os consumidores saibam claramente se estão comendo músculos, gordura ou miúdos.
A Diretriz se aplica a produtos que contêm carne como um ingrediente, enquanto a carne vendida sem processamento (cortes cárneos) é excluída destas novas regras. Os produtos afetados incluem salsichas, patês, carnes cozidas, refeições preparadas e carne em conserva.
“A rotulagem clara é a chave para dar aos consumidores o poder de fazer suas próprias escolhas sobre o que comprarão e o que comerão”, disse o comissário para Saúde e Proteção do Consumidor da UE, David Byrne. “A Diretriz é clara na necessidade de indicar que espécies de carne estão presentes, sendo possível diferenciar, por exemplo, “carne suína” de “carne bovina”.
Alguns Estados Membros tinham previamente criado suas próprias definições para rotulagem de carnes e estas definições serão agora padronizadas em toda a UE. A nova Diretriz contém uma série de provisões para melhorar as informações sobre produtos de carnes aos consumidores.
As novas regras restringem a definição de carne aos músculos ligados ao esqueleto. Outras partes dos animais usadas para consumo humano, como miúdos (incluindo coração, intestinos e fígado) ou gordura, agora terão que ser rotulados desta forma, e não mais como “carne”.
Entretanto, a nova lei inclui uma certa parte do conteúdo de gordura da carne, onde esta se adere ao músculo, que deverá ser tratado como carne, sujeito a limites máximos determinados na definição. A Diretriz também fornece uma indicação sistemática de espécies que fornecem carne para consumo humano, como “carne bovina” e “carne suína”, que deverão ser discriminadas no rótulo.
A definição exclui “carne mecanicamente separada”. Para carne bovina, a carne mecanicamente separada foi totalmente proibida devido à encefalopatia espongiforme bovina (EEB). Para outras espécies, a carne mecanicamente separada precisa ser rotulada separadamente e não pode fazer parte da denominação de carnes em qualquer produto.
Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint