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UE: habilitação de novas fazendas ainda é lenta

Quatro meses depois da retomada das importações pela União Européia, ainda são apenas 84 fazendas habilitadas a embarcar carne para o bloco. No Rio Grande do Sul as auditorias foram retomadas, mas lentamente. Mais por falta de interesse dos pecuaristas.

Quatro meses depois da retomada das importações pela União Européia, ainda são apenas 84 fazendas habilitadas a embarcar carne para o bloco. No Rio Grande do Sul as auditorias foram retomadas, mas lentamente. Mais por falta de interesse dos pecuaristas.

Segundo o coordenador do Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos (Sisbov), Roberto Schroeder, apenas quatro fazendas encaminharam pedido para tornarem-se aptas à exportação nos últimos três meses. Duas já estão aprovadas e se juntaram às nove atualmente habilitadas no estado.

Três fatores colaboram para a estagnação da lista: falhas no cumprimento das normas de rastreamento dos animais, insegurança devido às constantes mudanças no sistema nacional de certificação e o atraente preço do quilo vivo no mercado interno, que subiu 17,7% entre janeiro e maio.

Segundo reportagem de Patricia Meira, do jornal Zero Hora/RS, os pecuaristas cobram maior clareza nas normas do rastreamento de animais no país, um dos inibidores para novas auditorias. “Não estamos seguros se vale a pena investir, arcar com novos custos”, disse Carlos Simm, da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul.

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  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Eis aqui uma peça de jornalismo digna do nome, informando a realidade que está ocorrendo no Sul e, sou testemunha, no Centro-Oeste.

    Ótimo contraponto aos press releases emitidos pelo MAPA e tão pressurosamente transcritos na imprensa em geral.

  2. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Realmente é o “divisor de águas” o atual momento do SISBOV.

    Quem fez por fazer, realmente perdeu todo o trabalho.

    Quem fez e aposta em continuar, porém com eficiência e profissionais qualificados para suporte, estão tendo e terão um “plus” considerável no preço de venda da arroba. Está se observando até 20 % do valor normal da arroba como acréscimo para abate dos animais da lista da UE. Ou seja, R$ 16,00 à R$ 18,00 por arroba à mais. Com certeza todo produtor quer isso, porém se vê que não é para todos.

    Devemos comentar também que os fiscais do MAPA, exercem o papel de máquinas, ou seja, se está tudo certinho, “conforme”, se tiver qualquer detalhe duvidoso, “não conforme”. Parece que até que enfim, o processo tende para a profissionalização e a seriedade.

    Caros produtores, se tiverem dispostos à ter a sua propriedade certificada e apta à exportação para a Europa, procurem técnicos treinados e certificadoras com histórico e propriedades na tal lista. Não “patinem” com qualquer profissoinal e qualquer certificadora, pois mais uma vez se observerá tempo perdido se mal feito o processo.

    O atual SISBOV é eficiente e prestigiará quem é sério no negócio rural.

    Mudanças no atual processo de certificação só trará descredito junto aos mercados compradores.

    Um grande abraço a todos e vamos à luta.