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UE: importações de carne aumentam mas preços caem

As importações de carne bovina da União Europeia (UE) aumentaram 12% durante a primeira metade de 2009 com relação ao ano anterior, com o volume atingindo 116.340 toneladas. O aumento ocorreu principalmente como resultado das maiores compras oriundas da Argentina e Uruguai, além das maiores importações de carne da Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Namíbia. Em contraste, a UE importou menos carne bovina do Brasil por causa das restrições impostas ao sistema de rastreabilidade no início de 2008.

As importações de carne bovina da União Europeia (UE) aumentaram 12% durante a primeira metade de 2009 com relação ao ano anterior, com o volume atingindo 116.340 toneladas. O aumento ocorreu principalmente como resultado das maiores compras oriundas da Argentina (devido às maiores ofertas e ao fato de o Governo argentino ter reduzido suas restrições às exportações) e Uruguai (que tem redirecionado produtos que iam para Estados Unidos e Rússia), além das maiores importações de carne da Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Namíbia.

Em contraste, a UE importou menos carne bovina do Brasil durante a primeira metade de 2009 por causa das restrições impostas desde os casos de febre aftosa em 2005, que culminou em 2008 com uma barreira parcial às importações como resultado de preocupações com segurança alimentar e rastreabilidade. O número de fazendas brasileiras aprovadas para exportar a esse mercado está aumentando lentamente, atualmente atingindo mais de 1.300 fazendas. Além disso, a oferta de carne bovina brasileira tem sido mais escassa desde o final de 2007 devido às altas taxas de abate de fêmeas nos anos anteriores.

Os preços médios de importação caíram em 25% durante os primeiros seis meses de 2009 após terem atingido um pico de US$ 9.730 na primeira metade de 2008. Além do declínio nos preços da carne bovina importada, os preços do gado em importantes países produtores da UE estão menores do que no ano anterior apesar das menores ofertas, como resultado da menor demanda por carne bovina. Essa tendência tem sido especialmente notada na Irlanda, onde apesar da redução de 14% nos abates de novilhos, os preços do gado caíram 3%. Apesar de as importações estarem se recuperando com relação ao baixo nível do ano anterior, elas permanecem 35% menores do que os volumes de 2005.

É importante notar que os preços de 2008 refletem a situação pré-crise mundial. No primeiro semestre do ano passados os preços de todos os produtos agropecuários estavam mais altos.

A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida, adaptada e comentada pela Equipe BeefPoint.

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