A União Européia (UE) continua a afirmar que descobriu novas evidências de que a carne bovina oriunda de animais tratados com hormônios não é segura para consumo humano, e pedirá que a Organização Mundial do Comércio (OMC) reverta a decisão anterior, contra a proibição a esses produtos, imposta pelo bloco europeu, segundo informou o comissário Pascal Lamy na terça-feira (04).
Lamy, falando ao Instituto Europeu, justificou novamente as demandas da UE de que os Estados Unidos deveriam retirar as sanções econômicas impostas em retaliação à proibição européia à carne bovina oriunda de animais tratados com hormônios, apesar de essas sanções terem sido aprovadas pela OMC. “Neste espírito, iremos imediatamente ao Corpo de Entendimento de Disputas (da OMC) pedir que os EUA retirem as sanções. Os EUA têm deixado claro que não concordam, mas isso não muda o que temos feito”.
Em 1998, a OMC determinou que não havia base legal para a proibição imposta pela UE à carne bovina oriunda de animais tratados com hormônios, primariamente dos EUA e do Canadá, mas a UE nunca retirou essa barreira. Na retaliação, os EUA colocaram tarifas, no valor de US$ 116,8 milhões, em bens europeus a cada ano.
O escritório do Representante Comercial dos EUA (U.S. Trade Representative – USTR) desmentiu as recentes declarações da UE de que o bloco não seria penalizado por proibir carne de animais tratados com hormônios sem base científica. “Não há nova ciência”, disse o negociador agrícola chefe do USTR, Allen Johnson.
Fonte: OsterDowJones Commodity News, adaptado por Equipe BeefPoint