A Comissão Européia afirmou que só voltará a importar carne do Brasil depois de "analisar as garantias" proporcionadas pelas autoridades brasileiras a respeito das fazendas listadas como aptas a exportar para o bloco.
A Comissão Européia afirmou que só voltará a importar carne do Brasil depois de “analisar as garantias” proporcionadas pelas autoridades brasileiras a respeito das fazendas listadas como aptas a exportar para o bloco.
“Com base nessa análise, decidiremos quais fazendas poderemos incluir na lista (de exportadores) e quais teremos que esperar pelos resultados da inspeção do FVO”, disse à BBC Brasil a porta-voz da Comissão Européia para Saúde e Proteção ao Consumidor, Nina Papadoulaki.
“Até o momento, no entanto, as autoridades brasileiras não forneceram à comissão relatórios completos das auditorias e inspeções que garantam que essas fazendas (as 2.681 que constam da lista enviada à Bruxelas há uma semana) cumpram todos os requisitos europeus para importação”, informou Papadoulaki.
A falta desses relatórios detalhados foi um dos fatores que levaram o Executivo europeu a duvidar da lista elaborada pelo governo brasileiro, com um número de fazendas oito vezes maior do que o recomendado pelos técnicos do FVO, e decidir pela proibição total das importações.
“O Brasil tem que perceber que a UE já não está disposta a aceitar promessas sem valor diante de suas contínuas falhas em alcançar os padrões europeus”, disparou o presidente da Irish Farmer´s Association (Associação de Agricultores da Irlanda), Padraig Walshe.
De acordo com o deputado Neil Parish, presidente do comitê de Agricultura do Parlamento Europeu, a apresentação de uma nova lista não vai levar necessariamente a uma revisão da decisão da Comissão Européia. “Mesmo com essa nova lista, a decisão da comissão não mudará se não houver mais detalhes sobre as fazendas. Acho que a CE deverá inspecionar algumas dessas fazendas (da nova lista) antes de poder revisar a situação da carne brasileira” disse em reportagem de Márcia Bizzotto para a BBC Brasil.
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Qual garantia as autoridades brasileiras poderão oferecer se atualmente não possuem estrutura que possam integrar as informações auditáveis no sistema produtivo do Brasil.
Isto face ao desmonte realizado no SISBOV em 2004, é lógico que precisava de ajustes e ouvir mais as certificadoras que juntamente com seus respectivos profissionais do setor agropecuário e de informática que já haviam evoluído o suficiente para oferecer soluções aos problemas e não baixar instruções normativas como imposições para cumprir.
Por cima de tudo as certificadoras receberam credenciamento do MAPA, portanto são concessionários dos serviços do SISBOV e em condições de auditar e disponibilizar quase em tempo real os relatórios de todo o rebanho Nacional. É lógico com a responsabilidade de execução por profissionais habilitados em ciências agrárias devidamente treinados em auditar e certificar e não de meia sola como ainda se faz.
Assim caberia a Comissão da UE escolher dentre 10 milhões de propriedades rurais do País, com 200 milhões de cabeças, as 300 propriedades de quem eles querem comprar, com as informações necessárias para pequenas e grandes decisões.
É preciso compreender que barreiras comerciais sempre existiram e continuarão existindo, para contrapor são necessárias respostas precisas, devidamente organizadas, que não deixam pairar dúvida em menor tempo pelo uso da Tecnologia. Todo embargo é traumático, causa prejuízo a quem produz com seriedade e honestidade.