No final da semana passada, o embaixador brasileiro em Bruxelas foi informado, em encontro com a Direção Geral da Saúde e da Defesa do Consumidor (DG SANCO), da União Européia, que a recente missão de veterinários europeus ao Brasil ficou insatisfeita com a falta de progresso no controle da sanidade animal. A UE advertiu que se até o final do ano todos os problemas não forem solucionados, a exportação de carne congelada e resfriada proveniente de todo o território brasileiro será embargada.
No final da semana passada, o embaixador brasileiro em Bruxelas foi informado, em encontro com a Direção Geral da Saúde e da Defesa do Consumidor (DG SANCO), da União Européia, que a recente missão de veterinários europeus ao Brasil ficou insatisfeita com a falta de progresso no controle da sanidade animal.
A UE advertiu que se até o final do ano todos os problemas não forem solucionados, a exportação de carne congelada e resfriada proveniente de todo o território brasileiro será embargada.
Em virtude da seriedade da situação, o relatório da missão européia que veio ao Brasil será discutido pela UE em uma reunião que acontecerá no dia 09 de maio. As informações são da International Meat Trade Association, sediada em Londres, obtido pelo BeefPoint.
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Prezados Sr,
Sem mencionar o que acontece nos frigoríficos, os problemas que acontecem “porteira adentro” já são suficientes para nos impedir de participar do mercado europeu. A mágica ilusionista de transformar “animais largados” em “animais rastreados”, com a simples colocação da dupla Brinco e Botton, não mais impressionará os auditores externos.
Da forma como está, qualquer auditoria no sistema Sisbov, ou nas propriedades que adquirem brincos, os auditores irão fatalmente comprovar que em 99% dos casos não existe nada além do brinco; ou seja, a tal da rastreabilidade começa e termina no maldito Brinco.
Propriedades que não possuem cercas, currais adequados, funcionários que moram em casebres, alguns sem energia elétrica, sem o mínimo suporte, sem escolas para os filhos. Como imaginar que estas pessoas realmente cumprirão suas tarefas com responsabilidade, se a elas está sendo negado um mínimo de dignidade; muitas vezes não possuem ferramental adequado para executar seu trabalho, se a vacina está fora do gelo, se a agulha quebrou, o vidro de aplicador, ou a chuva, o assunto é mais sério, e é de infra-estrutura (moral, social, humana e material).
Propriedades deveriam ser qualificadas dependendo de seu nível tecnológico e estrutura física para que dessem um mínimo de segurança ao que estaria sendo produzido; dessa forma teríamos propriedades nível A ou B ou C ou D. E em cada um deles (nível), determinado de forma clara quais itens deveriam estar presentes, para que as propriedades pudessem mudar de nível e poder oferecer produtos mais ou menos garantidos dependendo do mercado a ser atendido.
Mas, para variar, estamos novamente fingindo que fazemos a rastreabilidade, e os órgãos governamentais e os frigoríficos fingindo que acreditam que estamos fazendo, bastando para isso que apresentemos um animal com um brinco em uma das orelhas e talvez um botton na outra.
Quanto aos frigoríficos a eles também não interessa que seja diferente, pois uma parcela dos criadores tem estrutura técnica para produzir os diferentes tipos de produtos que os mercados externos exigem, com todos os respectivos controles. Mas, depois do animal abatido, visualmente todos podem ser iguais, 2 anos ou 7 anos que importa? desde que tenham o acabamento determinado, não importa de onde veio ou de onde foi criado, os cuidados sanitários, o que comeu, o número do brinco (Sisbov) os transforma no mesmo produto. Então alinham os preços por baixo, e pagam a todos o mesmo valor, e assim vão matando os que estão realmente preocupados em produzir produtos de qualidade com sanidade e responsabilidade social.
Enquanto os frigoríficos não forem co-responsáveis pelas auditorias (nos moldes das montadoras de automóveis), a tal da rastreabilidade não funcionará.
E, a cada auditoria externa nos lamentaremos pela oportunidade perdida, culparemos os auditores pelo excesso de rigor com que nos avaliaram, e seguiremos nos achado muito espertos.
Falta de Sanidade como eles falam isso? É muita falta de responsabilidade ou embargo descarado a nossa carne, para um gado que em sua maioria é de produção natural e não fica doente, de cada 1000 cabeças de boi dificilmente uma fica doente, como vem falar em falta de sanidade isso é pouca vergonha ou manobra para pagar menos ao nosso produto, não aceito essa tamanha malandragem com um produto tão sadio e nobre.
Aqui tem água natural de ótima qualidade, alimento natural de ótima qualidade, clima excelente e o nosso gado não fica doente, falta de sanidade é esse gado europeu que dando alimento natural fica doente e morre. Veja qualquer raça de origem européia colocada em um pastagem natural não demora muito para ficar doente e morrer esse gado é podre, parece portador de HIV, embargo nós é que temos que fazer para esse gado que parece hospedeiro de tudo quanto é coisa ruim, carrapato, berne, verme e tudo mais. Quando essa corja de mercenários vier falar da pecuária brasileira olhem primeiro para seu nariz para depois vir falar do nosso.
Esse pessoal tem todo um trabalho para desqualificar o nosso produto, nosso produto é muito nobre é só precisa de um pouco mais de retorno para a atividade que o pecuarista sabe trabalhar e muito e assim investirá na atividade.
Ex: temos o couro que se é limpo de bernes e carrapatos o produtor não tem 1 centavo a mais de retorno por isso e uma série a mais de detalhes que se o produtor investir não terá retorno algum como de diz, Para quê investir???
Acho que temos é uma cadeia de intermediários, frigoríficos, que vem com uma irresponsabilidade tamanha ao negociar com os produtores que está chegará um ponto em que esse pessoal perderá todo o crédito com o coitado do produtor, por isso a cada dia que passa a pecuária vai cedendo espaço para outras atividades.
Como exemplo: a cana de açúcar, será que algum dia teremos o reconhecimento que o pessoal da cana está tendo. Ou será preciso concentrar mais a renda na mão de poucos para depois sermos reconhecidos.
Sabe-se que a exportação de derivados da cana é pouca coisa mais que de carne em dólares. Pergunto se não é vergonha deixar isso acontecer?
Vamos trabalhar com responsabilidade que a coisa melhora e muito, esse pessoal trabalha e muito. Chega de boicote e vamos respeitar esse povo trabalhador.
Toda a cadeia produtiva da carne bovina, o poder público e toda a comunidade deve tomar conhecimento das insatisfações da UE.
Ignorar o grande trabalho a ser feito é no mínimo irresponsabilidade e procrastinação. O argumento de barreira não tarifária é insuficiente e ingênuo.
Soluções pró ativas são necessárias e prementes. Precisamos criar uma grande aliança mercadológica. Nossos parceiros frigoríficos devem, definitivamente, sinalizar com um valor agregado para os produtores dispostos a fazer o dever de casa. Estabelecer prêmios claros para a produção disposta a cumprir as tarefas.
Continuar com nossa indústria frigorífica ignorando a produção e nós produtores, sem qualquer incentivo, será um curto caminho para o caos. Precisamos decidir se queremos participar do mercado mundial da carne como players de respeito ou continuar rifando nosso produto a um preço que desestabilizará nossa produção.
Chegou a hora da nossa indústria decidir qual será seu futuro no médio prazo. A produção precisa parar de reclamar e buscar soluções que coloquem o setor em uma posição mais organizada e forte dentro da cadeia.
A receita é uma só; associativismo, visão estratégica, ações de médio e longo prazo. Precisamos de nossas lideranças, mas principalmente de executivos profissionais coordenando nosso caminho. Precisamos de profissionalização fora da porteira.
Mais uma vez fica o alerta. Os produtores se esforçam para crescer sem prejuízos, mas quando necessitam de um auxílio do governo não conseguem nada.
A ação imediata a ser tomada pelo Sisbov é baixar portaria a todos os criadores obrigando-os a rastrear seus bezerros ainda ao pé das mães. Ai sim, daríamos o primeiro passo ao rastreamento sério de que o país tanto precisa.
Prezados amigos, acho extremamente preocupante esta posição da UE.
O pior para mim, é que nós do Rio Grande do Sul, que parece estarmos com a casa em ordem, ficaremos no mesmo barco quanto às restrições a serem impostas pela UE. Até hoje não tive conhecimento de nenhuma ação do ministério da agricultura, a impressão que se tem é que vão deixar entornar o balde para depois se mexerem. Viva o Brasil
Azhaury