Conclusões da própria União Européia (UE) apontam que o Brasil continuará ganhando mercados e representando uma ameaça aos interesses comerciais dos exportadores europeus. O mundo ficará cada vez mais dependente das carnes brasileiras, argentinas e uruguaias. Resolvida a questão sanitária, a UE reconhece que será difícil competir com o Brasil.
Conclusões da própria União Européia (UE) apontam que o Brasil continuará ganhando mercados e representando uma ameaça aos interesses comerciais dos exportadores europeus. O mundo ficará cada vez mais dependente das carnes brasileiras, argentinas e uruguaias.
Resolvida a questão sanitária, a UE reconhece que será difícil competir com o Brasil. “As exportações européias não devem conseguir manter o mesmo ritmo de crescimento”, informou um documento interno sobre a situação da agricultura até 2014. O fortalecimento do euro também seria um fator que prejudicaria o produto europeu. “Entre os exportadores, o Brasil levaria a maioria dos ganhos, capturando uma parcela cada vez maior das exportações de carne”, apontou o documento.
Segundo reportagem de Jamil Chade, do jornal O Estado de S.Paulo, o cenário do mercado de carnes nos próximos anos indica aumento mundial do consumo e do comércio. Oitenta por cento do crescimento viria dos mercados emergentes.
Entre os países que mais demandarão carne bovina estão o Egito, México, Filipinas, China, Japão e Coréia do Sul, além dos próprios europeus, que sofrerão uma queda na produção.
No setor da carne bovina, os europeus já apresentaram queda de 0,3% na produção em 2007. Já as exportações tendem a cair 38% diante da concorrência. No total, a produção européia deverá cair para 7,6 milhões de toneladas até 2014, 438 mil toneladas a menos que hoje.