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UE-Mercosul: comissária diz que não haverá nova oferta

A comissária européia de Agricultura, Mariann Fischer Boel, afirmou que a UE não fará nova oferta agrícola para o Mercosul, na retomada da negociação bilateral nos dias 6 e 7 de novembro, no Rio de Janeiro. A Comissão Européia tem sofrido pressão dos agricultores, representados pela confederação Copa-Cogeca, que afirma que "negociação bilateral pode causar danos à negociação na OMC".

A comissária européia de Agricultura, Mariann Fischer Boel, afirmou que a UE não fará nova oferta agrícola para o Mercosul, na retomada da negociação bilateral nos dias 6 e 7 de novembro, no Rio de Janeiro. A Comissão Européia tem sofrido pressão dos agricultores, representados pela confederação Copa-Cogeca, que afirma que “negociação bilateral pode causar danos à negociação na OMC”.

Na Comissão, há uma divisão entre áreas de comércio e agricultura, sendo a primeira mais empenhada em um acordo com o Mercosul, e a segunda mais reticente. Os agricultultores europeus afirmam que Fischer Boel é fraca diante do comissário para o Comércio, Peter Mandelson.

A comissária, ao participar do Congresso de Agricultores Europeus, conclamou o setor a enfrentar o “desafio da competitividade” porque haverá “ajustamentos” na Política Agrícola Comum (PAC) com ou sem rodada de negociação na OMC.

Ela insistiu que a UE não pode evitar o desafio de melhorar sua competitividade. Primeiro, por pressões internas: quando outros setores econômicos fazem enormes esforços de reestruturação, os contribuintes não estão dispostos a gastar amplas somas para a agricultura simplesmente para esconder falta de concorrência.

Além disso, há pressões externas para que abrir mais os mercados. Avisou que a negociação na OMC está apenas suspensa, e que é de todo interesse da UE concluí-la, senão perde oportunidade de forçar os EUA a também reformar sua agricultura. Ela afirma que a UE se esforçará para retomar a Rodada de Doha no começo de 2007, porque do contrário a negociação só será retomada em 2009. As informações são do jornal Valor Econômico, por Assis Moreira.

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