A organização européia dos comerciantes de carnes e de animais vivos (UECBV - Union europeenne du commerce du betail et de la viande), informou que as modificações das exigências da Comissão da da União Européia, em relação ao comércio de carnes com o Brasil, foram motivadas por irregularidades destacadas, e não corrigidas, pelas missões da UE que realizaram inspeções no Brasil desde 2003.
A organização européia dos comerciantes de carnes e de animais vivos (UECBV – Union europeenne du commerce du betail et de la viande), informou que as modificações das exigências da Comissão da da União Européia, em relação ao comércio de carnes com o Brasil, foram motivadas por irregularidades destacadas, e não corrigidas, pelas missões da UE que realizaram inspeções no Brasil desde 2003.
Estas irregularidades apontadas, dizem respeito a requisitos para o registro das fazendas, a identificação dos bovinos e controle das movimentações de gado. A UE propõe que o governo Brasileiro elabore uma lista provisória com a relação das fazendas que atendem as exigências da comunidade. Essas exigências passam a valer em 31 de janeiro de 2008
As novas regras exigem que, os animais destinados à exportação para a UE, sejam identificados e registados no Novo Sisbov e as fazendas estejam listadas como fazendas aprovadas. Essas fazendas serão regularmente controladas, para verificar se elas estão em conformidade com os requisitos da UE. Alista das fazendas será atualizada e validada apenas pelas autoridades competentes.
A certificação de carne com base no certificado modelo será exigida a partir de 31 janeiro 2008. A exportação de carne fresca, refrigerada e congelada, certificadas antes desta data só será permitida até 15 de Março de 2008.
A lista das fazendas aprovadas é provisória. E a decisão de aumentá-la ou reduzí-la só será tomada depois da inspeção de uma missão do FVO (Food and Veterinary Office) que deve acontecer em março ou abril de 2008.
O número de fazendas na primeira lista será muito limitado, A Comissão indicou que o número não será superior a 300 estabelecimentos (3% das 10.000 fazendas registadas na base de dados brasileira para identificação de bovinos).
O impacto das novas exigências sobre fornecimento de carne brasileira só pode ser avaliado depois que a lista com as fazendas aprovadas e o potencial que os animais das fazendas listadas representam, forem analisados.
Segundo trader consultado pelo BeefPoint, em uma estimativa inicial, tais medidas podem barrar até 90% das exportações do Brasil para Europa.
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Isto é um absurdo, parece que nós somos bonequinhos para a União Européia ficar brincando?
Eu já gastei muito dinheiro e tempo para rastrear minha propriedade, para depois eles chegarem aqui e falar que foi tudo em vão, e que minha fazenda não foi escolhida, mesmo estando tudo nos conformes?
É uma palhaçada, e incompetência dos nossos governantes. O maior absurdo que já aconteceu até agora com esta rastreabilidade.
Novamente a UE procurando de todas as maneiras influir barbaramente na exportação de carne do Brasil. Só que desta maneira está também fazendo com que os produtores que se cadastraram no novo SISBOV e os que tentam se normalizar com o mesmo fujam disso tudo, pois estarão sendo penalizados já que somente 300 (trezentas) propriedades brasileiras terão direito de exportar para esta já considerada famigerada bruxa chamada de UE.
É aquela estória, “o cliente tem sempre razão” e a UE daqui a pouco vai determinar a cor do boi. Por outro lado, deixar o governo elaborar uma lista (séria) de fazendas aprovadas, é acreditar em Papai Noel.
Desta forma, temos que parar de reclamar e sair fora do Sisbov, Eras, Que Tais… e torcer para que alguma entidade de criadores negocie diretamente com a UECBV para descobrir o que eles realmente querem.
Uma coisa é certa, deixar políticos fazerem intemediações é querer demais. Vide o caos aéreo e agora o caos da pecuária.
Já falaram e concordo: não brinco mais!
Gostaria de saber se propriedades cadastradas na norma EUREP-GAP estarão aptas a exporta para U.E, caso a resposta seja negativa, concordo em não brincar mais.
Agoram imaginem só o preço que a carne na Europa vai chegar! Se já custa 5 vezes o preço daqui. Agora com o Brasil fora do mercado supridor, europeu só vai comer frango e porco.
Quero ver os chorões da Irlanda darem conta do recado. Devem estar comemorando neste Natal com todas as cervejas possíveis. Mas calma, depois a ressaca vai ser brava.
Aí, quando a vaca deles for pro brejo (como já foi antes), quem não deveria vender mais para eles seríamos nós. Que eles passem a comprar carne de camelo e de canguru quando não tiverem mais alternativa de proteína animal.
Feliz Natal!
Os produtores de carne bovina, que na esmagadora maioria são os autores dos comentários postados aqui, têm razão até certo ponto de reclamarem.
Agora querer jogar a culpa no comprador, aí não concordo!
Quando nós vamos fazer compra no supermercado nós compramos tomate podre? Eu não compro! É um direito do comprador escolher o que vai comprar. O cliente tem sim, sempre razão!
Façamos o melhor para oferecer produto de qualidade para quem vai comprar! Ficar jogando a responsabilidade aleatoriamente sem parar para raciocinar, não vai levar a nada.
Negociar com a UE diretamente sem a presença do poder oficial é querer acreditar em Papai Noel. As plantas frigoríficas habilitadas para exportação têm restrições? Que eu saiba, não! Se tiver não exporta, pronto e acabou. Agora, por que a matéria prima que vai ser elaboradas nestas, pode ser produzida de qualquer maneira, sem controle nenhum?
Não quero polemizar, mas sei que tem muitos produtores sérios e que estão sendo prejudicados com essa estória toda, mas vou fazer somente uma pergunta: Quantos produtores de carne bovina respeitam os prazos de carência, quando usam antibióticos, ivermectina e outros produtos biológicos em seus rebanhos? Muitos de vocês sabem quem usa ou já usou!
E vai por aí. Portanto, muito cuidado com o que se fala. Existem erros? Claro! E muitos!
O dever nosso é corrigir as falhas e se adequar com as exigências do comprador. Se ele quiser comprar boi de cor azul, e nós quisermos vender, terá sim de ser azul! Se não for, não venderemos! Fim de papo.
Essa estória de selecionar somente 300 propriedades para exportar, se o Brasil aceitar, vai assinar atestado de incompetência. Vai criar um cartório. Vai ferir o direito de todos os produtores de gado que ficarem de fora, pois o governo tem que oferecer condições de igualdade para todos.
Os recursos dos impostos são para isso. Teoricamente todos pagam impostos e não pode haver seleção e classificação de produtores de 1ª e 2ª categoria. O governo tem que oferecer condições para todos, investindo na sua obrigação indelegável de certificar o produto que o pais vai vender. Para isso têm que investir na estrutura de defesa sanitária, chavão que já me encheu a paciência de tanto repetir.
Interessante, não vi nenhuma certificadora se pronunciar!
Isto é a realidade. quero dizer que:
1- A UE faz o jogo deles tentando criar barreiras para previlegiar o produto deles, presionada pela população que quer carne segura (vide “vaca louca”), mas com preços razoaveis (a grande diferença do Brasil).
2- O Brasil, se divide:
A- produtores, figorificos e as empresas certrificadoras estamos totalmente interessados em manter este canal de comércio, mas só nós produtores estamos pagando por esta conta (Certificar);
B- o governo se dividi em uma turma interessada em manter o comércio, pois são divisas para o país, e uma outra turma pensando que se trancar este canal teremos mais carne no mercado interno e portanto menos preço para nossa população;
Todo este processo está mal conduzido, e tem muita gente com outros interesses menores e mais imediatos, como alguns políticos e técnicos pensando em empregos.
Mas, as coisas no mundo acontecem via discussões de “camaras”, que delineam normativas, que entram em processo de negociação e são promulgadas como lei. Acontece, que estas camaras estão vazias ou extremamente mal representadas, por consequência, aprovam normas equivocadas, que por não sermos vigilantes, quando entram em vigor, ai sim as estudamos e nos damos conta da falta realidade.
Prognostico:
O barco vai afundar, terão que remendar a lei, a UE vai retaliar, e teremos momentos de instabilidade no mercado (especulação).
Tratamento:
1- aumentar nossa participação nas Camaras (sindicatos, etc), e alijar os representantes que tem interesses imediatos e pessoais;
2- começar a ler e estudar as leis que irão entrar em vigor, se posicionar.
Incrível! Cada dia que passa nos tornamos mais reféns da ABIEC, SISBOV e outras, que nada sabem sobre o manejo de uma fazenda de gado bovino.
É um absurdo desclassificar no abate, todo o lote, porque chegou no frigrifico uma rês sem o brinco de identificação, que pode ter caído durante o transporte, embora o DIA tenha sido remetido corretamente.
Esta história de brincos e bottons (+ou- 150.000.000 de unidades), está parecendo com o lobby da caixinha de primeiros socorros. Lembram-se? Vocês, como eu, certamente compraram pelo menos uma. Para que?
Há pessoas no Brasil que nem RG possuem. É uma piada ter que identificar 200.000.000 de cabeças.
O rastreamento tem de ser feito pelos órgãos oficiais de Sanidade Animal, durante as campanhas de vacinação e individualmente por propriedade rural.
Feliz Natal a todos os ruralistas.