Mercado Físico da Vaca – 02/12/08
2 de dezembro de 2008
Mercados Futuros – 03/12/08
4 de dezembro de 2008

UE: prêmio recua após diminuição na demanda

Os frigoríficos exportadores diminuíram os prêmios pagos pela arroba de animais provenientes de propriedades aptas à exportar carne bovina para a Europa após a diminuição da demanda do bloco, já reflexo da crise financeira internacional e de fatores sazonais.

Os frigoríficos exportadores diminuíram os prêmios pagos pela arroba de animais provenientes de propriedades aptas à exportar carne bovina para a Europa após a diminuição da demanda do bloco, já reflexo da crise financeira internacional e de fatores sazonais.

De acordo com Ricardo Merola, presidente da Assocon (associação que reúne 50 confinadores em seis Estados), no máximo, as empresas têm pago 3% sobre a arroba do boi gordo, o que hoje em Goiás, por exemplo, significaria R$ 2,50. Mas há casos de frigoríficos que não estão pagando nenhum prêmio pelo animal certificado para abate e exportação da carne à União Européia. Em abril deste ano – quando apenas 96 fazendas eram certificadas – , empresas chegaram a pagar entre 10% e 17% de prêmio pela arroba.

Juan Lebrón, diretor da Assocon, considera que o pecuarista ficou” sem estímulo para investir em rastreabilidade”. Assim, segundo a associação, o número de fazendas no país certificadas para fornecer animais para abate e venda da carne à UE – hoje cerca de 600 – pode diminuir.

Uma fonte do setor disse que os frigoríficos têm pago bônus entre R$ 5,00 e R$ 10,00 por arroba para o animal certificado. Outro executivo de frigorífico que exporta para a UE reconheceu que há empresas que deixaram de pagar o prêmio, mas disse que a situação é sazonal e “com certeza, em janeiro, vão voltar a pagar”. Segundo ele, nesta época do ano a “Europa não compra nada”, por isso os preços recuam e com eles os prêmios. Na avaliação desse executivo, um ágio de 3% está abaixo da realidade, assim como o de 15%. Ele considera adequado um percentual entre 5% e 10%.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Por que a certificação da carne tem que ser tão complicada, e a de outras commodities tão mais simples?

    Se a UE não exigia tamanho rigor, por que se resolveu montar um sistema tão complexo?

    Por que se mentiu por tantos anos dizendo que “era exigência dos nossos clientes”?

    Por que este setor do MAPA, que montou o Sisbov e hoje é responsável por seguidas humilhações infligidas a Stephanes, não se rende aos fatos e passa a estudar um sistema mais simples, como exigem os pecuaristas e, felizmente, a Comissão de Agricultura da Câmara Federal?

    Com relação ao ERAS, a absoluta maioria já resolveu que não vai aderir. Os que estão se submetendo às inspeções vão, evidentemente, aproveitar o momento fugaz em que os frigoríficos tentam nos engabelar com os tais “10 reais a mais por arroba”. Calculadamente, estes boiadeiros vão buscar obter o prêmio nas uma ou duas próximas boiadas abatidas, custeando com ele o gasto em que incorreram na maldita hora em que resolveram virar ERAS. Vacinados pelas histórias de horror que viveram ou ouviram de seus colegas, vão então dar uma grande banana para esta turma do MAPA, que insiste em nos empurrar um sistema totalmente falido.

    O momento é da classe produtora cerrar fileiras em torno da derrubada do Sisbov, exigindo sua substituição por um sistema factível, inclusivista e amigo – jamais inimigo – do pecuarista de corte.

    Sisbov? Não brinco mais!

  2. Claudecir Mathias Scarmagnani disse:

    Meu caro Alexandre e demais companheiros da “lista treice”, ou “boi europa”, como acharem melhor.

    Alexandre, concordo plenamente, os prêmios tem que ser satisfatórios para incentivar os pecuáristas “ja incluso na lista europa – hoje 633 no Brasil e aqui no mato grosso 103” e os demais que aguardam na fila (interminavél) para serem auditadas. Pois com essa merreca de R$ 2,00/@ é uma vergonha.

    Mas companheiro, não desista nunca, depois das tempestades, certamente vem a bonanza.

    Abraços a todos.

  3. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Prezados empresários do campo,

    A oportunidade está clara para todos. É a hora de criar uma associação dos produtores da lista da UE e ter poder de negociação.

    Se for o caso, negociar direto com o mercado consumidor e tirar o atravessador.

    Sempre há oportunidades e novas formas de agir. Somos o povo mais criativo do mundo.

    Vamos pensar. Vamos unir. Vamos agir.

  4. José Batista de Oliveira disse:

    Que piada!

    Vocês conhecem bem aquela frase “empurrar com a barriga”, pois é, vejam o que esses “executivos” (executivos?) querem mais uma vez nos lubridiar:
    “Outro executivo de frigorífico que exporta para a UE reconheceu que há empresas que deixaram de pagar o prêmio, mas disse que a situação é sazonal e “com certeza, em janeiro, vão voltar a pagar”.

    Volta nada! Chega em Janeiro inventam outra crise e quem paga o preço somos nós! Aí esses “executivos” voltam e dizem “é sazonal, é sazonal!”, é minha paciência também é sazonal!

    Vamos brincar de outra coisa, essa brincadeira de SISBOV já encheu né.

  5. Hans Nagel disse:

    Concordo plenamente com o Sr Umberto.

    Mesmo assim gostaria de sugerir que se adote o sistema usado no Paraguay e pago pelo Ministerio da Agricultura. Isto resolve tudo de uma vez. E o Governo não venha com escusas não poder arcar com os custos. Estado e União são os mais beneficiados com a exportação do nosso produto.

    Cordialmente.

  6. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Extrato da notícia de hoje na Gazeta Mercantil:

    “O confinamento é uma indústria oportunista, e não existem boas oportunidades no nosso horizonte. A oferta de 2011 já está definida”, decreta Fábio Dias, diretor da Assocon. Uma pesquisa de intenção de confinamento realizada pela Associação em novembro revela o desestímulo. Apenas 31% dos confinadores têm intenção de aumentar a produção em 2009. O levantamento apresentou um total de 549 mil cabeças de gado em sistema de confinamento. O setor também já não reage mais ao antigo estímulo da União Européia (UE). “A intolerância imposta pelo mercado europeu não vale os R$ 2,40 de prêmio oferecidos aos criados por arroba exportada”, justifica Dias. Ele lembra que apenas três fazendas associadas à Assocon são certificadas. Existem cerca de 600 fazendas certificadas à exportar para a UE no Brasil, e esse número já foi maior. Para Juan Lebrón, diretor-executivo da Assocon, a retração nas exportações de carne bovina já acusada pelos números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) precisa ser revertida com a abertura de novos mercados e a retomada de antigos, como o Chile por exemplo. “O setor só não está pior porque a crise nos pegou com os estoques enxutos”.

  7. jose rodrigo ferreira da silva disse:

    Vou ser bem simples e objetivo.

    Concordo com todos os pontos de vista a cima citados, a minha opinião é básica, precisamos ter certeza se é rentável ou não esse sistema do Sisbov, não pode ficar nesse chove não molha é nosso futuro em jogo, essas pessoas que organizam ficam com essa palhaçada, ou faz logo uma forma de ter renda para nós e para eles que sempre tem, ou larga mão desse negócio de vez, nos unimos e fazemos nosso próprio negocio.

  8. Cleber Vieira Neves disse:

    tambem vou ser simples e objetivo, acredito no sistema por que quem teve sua propriedade vistoriada pelo mapa e passou pela vistoria; este sim teve lucro e posso citar varios exemplos.