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UE propõe redução de subsídios às exportações rurais

A União Européia (UE) propôs reduzir os subsídios pagos a produtores e exportadores de alimentos em mais da metade a partir de 2006, na tentativa de dar novo impulso às conversações de abertura de mercado na Organização Mundial do Comércio (OMC). A UE quer diminuir os pagamentos aos agricultores em mais de 55%, reduzir subsídios às exportações em 45% e as tarifas de importação em 36%, disse o comissário da agricultura Franz Fischler.

Abrir os mercados de alimentos na UE, Estados Unidos e Japão é crucial para o sucesso das conversações da OMC, devido à sua finalização em 2005. Os países em desenvolvimento e os exportadores de alimentos como Austrália, Canadá e Brasil querem maior acesso àqueles mercados em troca da redução de barreira aos produtos industrializados, serviços financeiros e de energia.

Pela proposta da UE, as tarifas também seriam baixadas em pelo menos 15% e os subsídios às exportações de trigo, sementes oleaginosas, azeite de oliva e fumo seriam abolidos. Os EUA informam que embora tenham sido “incentivados” pelo fato de que a UE apresentou um plano, a proposta não é suficiente na redução de subsídios diretos aos agricultores.

Promotores de crescimento

Na tentativa de cumprir as normas da Organização Mundial de Comércio (OMC), a UE adotou ontem (16) uma emenda que altera sua proibição, vigente há 13 anos, aos hormônios de crescimento administrados ao gado, que impediu que os Estados Unidos vendessem carne bovina na Europa.

Se a OMC endossar a medida, a UE poderá manter a proibição às importações, que adotou em 1989 argumentando que o emprego de hormônios de crescimento na criação de gado é um problema de saúde pública. Os ministros da Agricultura da UE concordaram que um desses hormônios, o estradiol-17 beta, pode apenas ser administrado por veterinário como tratamento ao animal doente. Isso proibiria, na prática, esse composto como hormônio de crescimento, que é administrado em quantidades muito maiores.

O governo dos Estados Unidos impôs sanções aos alimentos que importa da União Européia, no valor de US$ 117 milhões ao ano em 1999, em retaliação à proibição imposta pelos europeus.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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