Com expectativa de aumento de demanda de produtos agrícolas pela União Européia, a participação do Brasil nas vendas ao bloco deve aumentar 80%. O motivo do crescimento é a redução da produção européia devido à queda dos subsídios.
Com expectativa de aumento de demanda de produtos agrícolas pela União Européia, a participação do Brasil nas vendas ao bloco deve aumentar 80%. O motivo do crescimento é a redução da produção européia devido à queda dos subsídios.
“Eles devem a aumentar as compras principalmente de carne bovina, pois a produção local está caindo”, disse o diretor-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), André Nassar.
Segundo o diretor do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), o brasileiro Alfredo Valadão, o Brasil nunca vendeu tanta carne para o bloco europeu como agora.
O coordenador-geral de assuntos multilaterais do Ministério da Agricultura, Luiz Claudio Carmona, acredita que a participação do Brasil pode chegar a 80% nos próximos anos. A estimativa mais pessimista do governo brasileiro é de manter nos atuais 70% a fatia. “Mas o aumento da participação depende de vários fatores. Se houver mais casos de febre aftosa no Brasil pode inibir as nossas exportações. Porém, se houver aftosa em países concorrentes, como a Argentina, isso pode incentivar ainda mais as nossas vendas”, ponderou.
Para Nassar, os produtores rurais da União Européia, além de enfrentarem os problemas com a falta de terras para a criação do rebanho, sofrem também com a carência de ração, como o milho, para alimentar as aves. As informações são de Viviane Monteiro, da Gazeta Mercantil.