A Comissária para Agricultura da União Européia (UE), Mariann Fischer Boel, está determinada a colocar em prática um regime que evite que as importações de carne bovina da América do Sul prejudiquem a indústria local, provavelmente com algum tipo de sistema de cotas sujeitas a tarifas. Ela disse também que os setores de açúcar, frango e carne bovina são possivelmente setores para proteção como “produtos sensíveis” de acordo com as negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em entrevista exclusiva com o Irish Farmers Journal desta semana, Boel disse: “O acesso a mercados é um assunto importante, mas nós não vamos abrir nossos mercados completamente. Nós não estamos tendo discussões sobre livre comércio. Nós temos produtos sensíveis que ainda precisamos produzir e, embora a lista possa ser longa, existem problemas nos setores de açúcar, frango e carne bovina e nós também temos nossas preocupações não comerciais”.
A Comissária concordou que a agricultura está sob extrema pressão com relação ao orçamento da UE. “Os compromissos foram determinados até 2013 e nós ainda não sabemos se o teto será aumentado para acomodar a Romênia e a Bulgária. Se isso não aumentar, então tomará outros 8% do Pagamento Rural Único. Espera-se que até o final de junho a posição futura do orçamento da UE seja esclarecida, mas é provável que na revisão de 2008 alguns ajustes extras sejam feitos. Por exemplo, se existe uma pressão no orçamento, a proposta original de um teto de 300 mil euros (US$ 385,35 mil) por indivíduo poderá ser re-examinada”.
Fonte: Irish Farmers Journal Interactive, adaptado por Equipe BeefPoint