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UE: restrição não deve complicar exportação brasileira

Apesar de avaliar que não haverá prejuízo, em nota distribuída pelo Mapa, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, lamentou a decisão da UE. "A carne brasileira é de ótima qualidade e a restrição não tem caráter sanitário", afirmou. De janeiro a novembro, as exportações de carne para o bloco somaram 515 mil toneladas, 22% do total exportado pelo país.

Apesar de avaliar que não haverá prejuízo, em nota distribuída pelo Mapa, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, lamentou a decisão da UE. “A carne brasileira é de ótima qualidade e a restrição não tem caráter sanitário”, afirmou.

De janeiro a novembro, as exportações de carne para o bloco somaram 515 mil toneladas, 22% do total exportado pelo país. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, observou que a fatia da UE é inferior à da Rússia, o principal comprador do produto brasileiro que, sozinha absorve 33% da carne exportada pelo Brasil. Até novembro, as vendas para os europeus somaram US$ 1,3 bilhão, 32% das exportações de US$ 4,095 bilhões no período.

Em reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da Abiec ressaltou que apenas 27% da produção de carne são exportadas e o grande mercado é o doméstico. “Do ponto de vista econômico, essa restrição é facilmente administrável”, acredita.

Segundo ele, se o consumo doméstico crescer por dois anos consecutivos o que cresceu neste ano, cerca de 180 mil toneladas até novembro, o desempenho equivale às compras do bloco europeu.

Ele ponderou também que a ampliação e a abertura de novos mercados poderão compensar a possível redução das compras da UE. “A Europa pode nos tirar graus de liberdade nas exportações, mas não tira a nossa competitividade”, disparou.

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Otimo artigo do Pedro de Camargo Neto, pecuarista experiente, lider de classe e que conhece a fundo o MAPA

    http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/primeirocaderno/opiniao/Um+apagao+sanitario,,,58,4699488.html

  2. Helio Antonio Gomes disse:

    Sugiro que deveríamos também impor restrições aos produtos europeus no Brasil, em relação ao setor do agronegócio,como queijos, castanhas, azeites, vinhos, bacalhau, etc, uma vez que a atitude da União Européia pode ser considerada como uma medida ultraprotecionista, desesperadora, unilateral, sem base científica fitossanitária ou de bem estar animal.

    Logo, esta história de deixarmos os europeus virem dar as ordens no nosso dever de casa no agronegócio têm que acabar. Há mais de 150 anos que a América do Sul, inclusive o Brasil já não é colônia da Europa. Portanto, os europeus têm que aprender a viver no mundo globalizado, que eles juntos com os EUA criaram e por isto, os europeus deveriam aprender a ser mais competitivos e produzir carne vermelha com qualidade e preço barato.

    Pobre do velho continente europeu, eterno bloco de guerras e fome!