As novas exigências da União Européia para exportações de carne bovina brasileira devem provocar uma diminuição das vendas à Europa, causando valorização nos preços da carne enviada ao bloco. O filé mignon já é negociado por preços recordes, com média de US$ 25 mil por tonelada.
As novas exigências da União Européia para exportações de carne bovina brasileira devem provocar uma diminuição das vendas à Europa, causando valorização nos preços da carne enviada ao bloco.
A UE definiu que só poderá ser exportada carne de animais provenientes de fazendas habilitadas à exportação. Estas fazendas devem estar inscritas no novo Sisbov e auditadas pelo Mapa, que deve criar um lista com as propriedades aptas à exportação para a UE. Essa medida deve reduzir a oferta de bois para os frigoríficos, e consequentemente, o volume de carne para exportação.
Outro fator que pode reduzir os volumes exportado é o aumento do consumo interno. Com o mercado interno aquecido, competindo com as exportações, e os brasileiros a cada dia consumindo mais, as exportações, principalmente, de carne in natura devem ser prejudicadas.
Segundo reportagem de Alda do Amaral Rocha, do jornal Valor Econômico, esta tendência já pode ser sentida nos preços dos cortes mais nobres de carne bovina. O filé mignon já é negociado por preços recordes, com média de US$ 25 mil por tonelada. Antes do anúncio das restrições, o preço do filé estava na casa dos US$ 20 mil por tonelada.
Segundo Jerry O´Callaghan, da trading Globalbeef, outro corte que registra alta expressiva é o contrafilé, que atingiu US$ 7.500 por tonelada. No segundo semestre do ano passado, estava em US$ 5.500.
A redução nos volumes de vendas não deve significar, contudo, recuo na receita com as exportações de carne bovina. “Com oferta menor e demanda ainda forte, o preço deve ser preservado”, afirmou Jerry O´Callaghan. Além disso, a expectativa é de que o Brasil amplie este ano as vendas de cortes nobres para mercados emergentes.
A redução das ofertas do Brasil também provoca valorização de carnes de outras origens, como Uruguai e Argentina. Além do Brasil, a Argentina também está ofertando menos carne no mercado em consequência dos limites às exportações impostos pelo governo do país para evitar a inflação.
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Em nossa região estão acontecento mudanças interessantes, veja bem, nosso custo de produção é baixo, o preço das terras também, o pecuarista dispertou para a produção de silagem.
Agora ninquém nos segura, aliado a busca de cruzamento industrial para gado de corte. Nós ainda somos fornecedores de bezerro para os estados vizinhos, precisariamos, investir em markting, para melhorar as nossas vendas no mercado externo, o que fazer para dispertar nas autoridades do setor para acreditar neste projeto?