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UE: Stephanes evita polemizar sobre possível embargo

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, quer manter a discussão sobre o possível embargo aos embarques de carne à União Européia longe do âmbito político. Para ele, as exigências devem ser cumpridas e as restrições tratadas de forma técnica.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, quer manter a discussão sobre o possível embargo aos embarques de carne à União Européia longe do âmbito político. Para ele, as exigências devem ser cumpridas e as restrições tratadas de forma técnica.

Segundo reportagem de Fabíola Salvador, do jornal O Estado de S.Paulo, até o momento o governo brasileiro não foi notificado sobre novas restrições.

Stephanes disse que qualquer restrição aos produtos agrícolas preocupa, mas que é importante que o governo tenha capacidade para administrar as crises. “Não acredito em embargo. Isso é boato. Mas poderão ocorrer algumas restrições, sim”, disse, referindo-se às irregularidades levantadas pela missão européia.

E enumerou várias medidas que devem ser seguidas pelo governo e pela iniciativa privada caso a UE adote novas regras para importação de carne do Brasil. A primeira é explicar as novas regras de forma pedagógica para os produtores. Em seguida, é preciso capacitar os pecuaristas para gerenciamento de suas propriedades com base nas novas exigências. O terceiro ponto é delegar aos Estados a fiscalização das empresas responsáveis pela certificação de bovinos, função que hoje é exercida por técnicos do ministério.

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  1. Francisco Pereira Neto disse:

    Eu acho ótimo essa posição do ministro em delegar competência para os estados a fiscalização das certificadoras depois do fiasco da última auditoria dos técnicos da UE.

    Espera-se a casa cair para depois tentar colocar o telhado? Qual o instrumento legal que o Mapa usará para exigir dos estados mais esta tarefa? Colocar os governos dos estados na parede, pura e simplesmente?

    Se for só isso, pode perder a esperança. Os técnicos do Mapa são todos Fiscais Agropecuários. Eu disse Fiscais! Ganham bons salários, são competentes, mas o Brasil é muito grande e não temos profissionais suficientes para realizar mais essa tarefa.

    Então delega-se para os estados. Nada contra, estou de pleno acordo, desde que também nos passe o bônus, porque de ônus, nós aqui de São Paulo estamos carregando esse caminhão de abacaxi faz muito tempo e sem nenhum reconhecimento de quem quer que seja, muito menos do governo.

    Nos dê boa estrutura, bons salários e todos verão resultados. Estamos há 12 anos sem foco de aftosa com uma estrutura capenga, sem salário, sem estímulo nenhum e não estamos trabalhando? O que mais o governo quer? O que mais o setor da pecuária quer? Não somos nós, técnicos do estado, que vendemos carne e ganhamos dinheiro. Quem ganha são os frigoríficos que exploram os pecuaristas.

    Estes também em grande parte são amadores! São os primeiros a denegrir a imagem dos profissionais da área que existem para beneficiá-los! Mas eles não entendem assim! Fica esse ciclo vicioso, um país duvidoso em que ninguém lá fora acredita no que estamos fazendo. E com razão! Ou achamos que eles são bonzinhos e nós os coitadinhos? Parece piada. Era isso.