De acordo com dados divulgados pela Comissão de Carnes e Animais Domésticos (Meat and Livestock Comission – MLC) do Reino Unido, a União Européia (UE) importou 256,4 mil toneladas de carne bovina dos países de fora do bloco durante o ano de 2002, o que denota um aumento de 38% com relação ao ano anterior (185,9 mil toneladas).
As importações européias de carne bovina oriundas da América do Sul aumentaram 60% em 2002, para 206 mil toneladas. Deste volume, 45 mil toneladas de carne bovina foram importadas com a totalidade do imposto alfandegário, enquanto os custos comparativamente baixos do produto sul-americano (após a desvalorização das moedas) permitiram que este permanecesse competitivo, apesar do custo adicional do imposto. A carne bovina da América do Sul foi responsável por 80% das importações totais feitas de países de fora da UE no ano de 2002, com as importações do Brasil, da Argentina e do Uruguai atingindo níveis recordes.
As importações da UE de carne bovina brasileira totalizaram 115,5 mil toneladas em 2002, 14% a mais que no ano anterior, apesar da participação do Brasil no mercado de importação de carne bovina europeu ter caído de 56%, em 2001, para 45%, em 2002, devido ao aumento da competição da Argentina e do Uruguai.
As importações de carne bovina da Argentina aumentaram quase 5 vezes com relação ao ano anterior, para 59,7 mil toneladas, à medida que as restrições às importações referentes à febre aftosa foram retiradas em março, permitindo que uma maior quantidade de carne bovina argentina entrasse na UE.
As importações de carne bovina do Uruguai totalizaram 31,1 mil toneladas – mais que o dobro da quantidade importada em 2001 (14,4 mil toneladas). Ambos os países se beneficiaram com a grande desvalorização de suas moedas, trazendo os preços para baixo, próximos aos dos produtos brasileiros (cuja principal desvalorização já tinha ocorrido em 2000 e 2001).
A Austrália exportou 6,4 mil toneladas de carne bovina à UE durante 2002, restrita à cota de importação de sete mil toneladas, imposta com base no ano fiscal e aos requerimentos de credenciamento de exportação.
Fonte: Meat & Livestock Australia, adaptado por Equipe BeefPoint